segunda-feira, 29 de junho de 2015

Brasão da Família Andrade

O sobrenome Andrade ou Andrada surgiu no Reino da Galiza, no município de Pontedeume, onde os Condes de Andrade e Vilalba tomaram o nome da freguesia de Andrade entre os séculos XII e XIII.
Um dos primeiros Andrade foi Fernán Pérez de Andrade que recebeu do rei Henrique II de Castela o título de conde por ter ajudado D. Henrique II na revolta contra o então rei Pedro I de Castela.
Os Andrade também associaram a si o sobrenome Freire, usando apelido Andrade Freire ou Freire de Andrade.
Ramos da família Andrade chegaram a Portugal entre os séculos XIII e XIV, dentre estes se destaca João Fernandes de Andrade, que participou da tomada de Arzila e de Tânger. Por seus serviços ele recebeu do rei D. João II terras na ilha da Madeira e o novo brasão de armas para a família Andrade, este é em ouro, com uma banda abocada por duas cabeças de serpe em verde, e acompanhada de duas caldeiras enxadrezadas de vermelho e prata, com as alças serpentíferas de verde.
O antigo brasão dos Andrade é em verde com uma banda em vermelho perfilada de ouro e abocada por duas cabeças de serpe também ouro. Os Andrade da Espanha usam um brasão semelhante, porém com uma bordadura de prata com a inscrição "AVE MARIA GRATIA PLENA".

sábado, 27 de junho de 2015

Brasão da Família Baltar

O sobrenome Baltar é toponímico e está relacionado á regiões chamadas de Baltar na Galiza, como a que pertencia ao Couto Misto, uma região neutra entre Espanha e Portugal. Outra região chamada de Baltar fica no concelho de Paredes e pertencia ao Concelho de Aguiar de Sousa, em Portugal.
O nome Baltar não tem um significado definido, podendo vir do celta balt, que significa “água”, e aar, que se traduz por “corrente”, ou vir do germânico Walter, que significa “chefe do exército”, que gerou os nomes Guálter, Valter, Balteiro entre outros. Outra origem para o nome Baltar é do latim que produziu a palavra galega baltar, que significa “cepa estéril, uma videira que não produz frutos”, logo Baltar era um lugar com videiras estéreis.
O brasão da família Baltar é em azul com três estrelas de ouro, com o chefe em vermelho com uma banda de ouro.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Brasão da Família Magalhães

O sobrenome português Magalhães é toponímico e foi tomado da Torre de Magalhães, na freguesia de São Martinho de Paço Vedro, no Distrito de Viana do Castelo.
O nome Magalhães não tem um significado definido, podendo vir do celta magal que significa “grande”.
O sobrenome foi usado primeiramente por Afonso Rodrigues de Magalhães, senhor da Torre de Magalhães, durante o reinado de Dinis I de Portugal, mais tarde um ramo da família passaria para a Espanha.
Acima os brasões dos Magalhães de Portugal.

Brasão da Família Bertling (Bertling Familienwappen)

O sobrenome alemão Bertling pode ser de origem patronímica estando relacionado aos nomes Berthe ou Berthold, que são de origem germânica e significam “brilhante”, porém o mais provável é que seja toponímico, no qual pessoas vindas de Bertlingen na Renânia do Norte-Vestfália, adotaram o apelido Bertling, e pela proximidade geográfica um ramo da família passou para os Países Baixos.
O brasão da família Bertling é em prata com três trifólios verdes, o lema da família é Virtue Fideque, que significa “em virtude e fé”.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Brasão da Família Rebelo

O sobrenome Rebelo e suas variações Rabelo e Rebello surgiram em Portugal.  Rebelo é de origem toponímica e foi adotado em referência ao Couto de Rebelo, que ficava na atual freguesia de Roriz, no concelho de Santo Tirso, no Distrito do Porto.
O primeiro a usar o sobrenome foi Rui Vasques Rebelo, Senhor da Torre de Rebelo e Senhor do Solar de Rebelo, seus descendentes passariam o sobrenome para a Espanha e de lá partiria um ramo da família que se estabeleceu na Itália, criando os Rabelos italianos.
O nome Rebelo não tem um significado definido, sendo que alguns dizem ser originário do latim,  o mais provável é que venha do latim ripa, que significa  “beira ou margem”,  tal palavra geraria o nome do barco rabelo, a palavra ribeira e o sobrenome Rebelo, logo Rebelo seria um lugar a margem de um rio.
O brasão da família Rebelo é em azul com três faixas de ouro, cada faixa carregada de uma flor-de-lis de vermelho que formam uma banda.

Brasão da Família Loureiro

A família Loureiro é uma antiga família da Beira e tomou seu nome da Quinta do Loureiro, em Viseu.
João Anes de Loureiro, senhor da Honra e Quinta do Loureiro, casou-se com Catarina Dias de Figueiredo e a partir dai os Loureiro passaram usar o brasão da família Figueiredo, mais tarde o bisneto de João Anes de Loureiro chamado Luiz de Loureiro recebeu do rei D. João III as armas próprias da família Loureiro.
Luís de Loureiro foi Adail-Mor do Reino de Portugal, ele foi um grande Cavaleiro e serviu na África por muito tempo, sendo Capitão em vários lugares. Suas armas são esquarteladas com o primeiro quartel de vermelho com uma cidade de prata ladeada de uma escada de ouro, o segundo e o terceiro com as armas dos Figueiredos, o quarto é partido de ouro e vermelho, no primeiro campo há uma bandeira de vermelho e no segundo uma bandeira de ouro, ambas com o ferro de sua cor. O timbre tem dois braços de leão em vermelho postos em aspas e cada um com uma folha de figueira nas garras, ao centro  o alcaide de Azamor nascente com as mãos atadas por um cordão de ouro.

Brasão da Família Wettermann (Wettermann Familienwappen)

O sobrenome alemão Wettermann vem da palavra germânica Wetter, que tem vários significados nos diferentes dialetos germânicos, porém o provável significado empregado ao sobrenome é “apostador ou jogador”.
Outra provável origem é toponímica, no qual pessoas vindas de locais chamados de Wetter adotaram apelido Wettermann.
Na região do Hesse, da Renânia do Norte-Vestfália e da Baixa Saxônia existem cidades chamadas Wetter, assim como um rio no Hesse. De algumas dessas regiões e de outras próximas a elas vieram grupos de imigrantes que se estabeleceram no Brasil.
O brasão da família Wettermann é em prata com uma contrabanda ondulada de azul saindo de uma nuvem em chefe.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Brasão da Família Lourenço

Lourenço é um sobrenome patronímico português, ou seja, os filhos de homens chamados Lourenço adotaram este nome como apelido. O nome Lourenço era comum em toda Europa havendo diversas variações que também geraram sobrenomes.
O nome Lourenço vem do latim Laurentius, que está relacionado à palavra Laurus, que é o nome em latim do loureiro ou louro. Durante a Era Clássica, na Grécia e em Roma, era com os ramos dessas árvores que eram feitas coroas para os heróis e atletas vencedores, o que tornou a coroa de louro um símbolo de triunfo e vitória, a partir daí surgiu o termo laureado, que por sua vez significa "o premiado", e o nome Laurentius, que significa "aquele que é coroado com louro", ou em um termo mais simples, "o vitorioso".
Outros afirmam que o nome Lourenço está relacionado à cidade de Laurentum, no atual Lácio, no centro da Itália, tal cidade desapareceu no final da República Romana, seu nome também é derivado do latim Laurus e viria dela o nome Lorenzo, que geraria Lourenço.
O brasão dos Lourenço foi concedido pelo rei D. Afonso V de Portugal a D. João Lourenço, amo do Conde de Faro. D. João Lourenço recebeu o brasão por seus serviços prestados a Coroa Portuguesa na África, suas armas são em azul, com três estrelas de ouro de oito pontas, o chefe endentado de ouro.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Brasão da Família Pinheiro

Dizem que a família Pinheiro descende da família romana Pinário, esta era uma família muito antiga de aristocratas romanos, que existia desde a República Romana, os Pinarius se estabeleceram na Hispânia, na região onde hoje é Aragão, já na Idade Média tal família passou a Portugal onde adotou o apelido Pinheiro.
Outros dizem que os Pinheiros descendem da família espanhola Doutres, mas outra provável origem é que os Pinheiros são um ramo da família portuguesa Outiz, senhores da Quinta de Outiz, no termo de Barcelos, uma vez que lá surgiu o sobrenome Pinheiro.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Brasão da Família Coelho

O primeiro a usar o sobrenome Coelho foi o cavaleiro Soeiro Viegas Coelho, este era bisneto de Egas Moniz, chamado de “o Aio” por ter sido responsável pela educação do primeiro rei português.
Soeiro Viegas Coelho viveu em Portugal durante o reinado do rei D. Sancho II de Portugal, no século XIII. Segundo a lenda, D. Soeiro teria ganhado o apelido coelho por cavar o chão como coelho, ele cavava túneis para penetrar as muralhas e trincheiras dos mouros, tais feitos chegaram ao conhecimento do rei D. Sancho II.
O mais provável é que Soeiro Viegas Coelho teria tomado o apelido da Terra de Conejo, junto ao Douro, alguns dizem que ele herdou o apelido de seu pai Egas Lourenço Coelho, que foi o senhor da Quinta da Coelha.
O brasão da família Coelho é em ouro com um leão púrpura, armado e lampassado de vermelho e carregado de três faixas xadrezadas de azul e de ouro, com uma bordadura de azul carregada com cinco coelhos de prata manchados de negro.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Brasão da Família Simões

O sobrenome Simões é de origem patronímica, no qual filhos de pessoas chamadas Simão adotaram o apelido Simões, assim sugiram várias famílias Simões sem laço sanguíneo entre si.
O nome Simão vem do hebraico e significa “aquele que ouve”, este era o nome verdadeiro de São Pedro, por vezes chamado de Simão Pedro.
Os nobres da família Simões descendem de Manuel Simões e foi seu bisneto José António Ferreira Simões dos Anjos o primeiro senhor da Casa de dos Anjos, na freguesia portuguesa de Cabeçudo, no concelho da Sertã.
O brasão dos Simões é em prata com um leão negro gotado e lampassado de vermelho sobre um monte verde.

Brasão da Família Pacheco

O significado do sobrenome Pacheco é incerto podendo ser de origem pré-romana, o mais antigo Pacheco registrado foi Lucio Junio Pacieco, que teria sido mandado à Espanha pelo ditador romano Júlio César.
Em Portugal o primeiro a usar o apelido foi Fernão Rodrigues Pacheco, alcaide de Celorico da Beira, este teria sido um homem fiel ao rei Sancho II de Portugal, que havia sido excomungado e via seu reino ameaçado por seu irmão Afonso, Conde de Bolonha e futuro rei D. Afonso III.
Segundo uma lenda de Celorico da Beira, o castelo de Fernão Rodrigues Pacheco estava quase sucumbindo ao cerco de D. Afonso III, pois quase já não havia mais mantimentos na fortaleza, foi quando surgiu uma águia (ou um corvo-marinho em algumas versões) com um peixe grande e o deixou cair dentro das muralhas do castelo, Fernão Pacheco então mandou preparar o peixe e enviar ao conde da Bolonha em sinal de que havia abundância de comida dentro da fortaleza, o que fez com que Afonso III desistisse do cerco libertando Celorico.
Fernão Rodrigues Pacheco gerou João Fernandes Pacheco, senhor de Ferreira de Aves, este foi o pai de Lopo Fernandes Pacheco, mordomo-mor da rainha D. Beatriz de Castela e encarregado pela educação do futuro rei Pedro I de Portugal, Lopo Fernandes Pacheco se destacou na luta contra os mouros na batalha de Salado, e recebeu a designação de senhor de pendão e caldeira, um título equivalente ao de conde, no qual o tal era responsável por apresentar ao rei um determinado número de lanças.
Por causa do título de senhor de pendão e caldeira o brasão dos Pacheco é em ouro com duas caldeiras negras carregadas de três faixas veiradas de ouro e vermelho e com asas serpentíferas com quatro peças em negro, duas para dentro e duas para fora. O timbre são duas cabeças de serpe afrontadas de ouro com os pescoços enrolados.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Brasão da Família Brito

O sobrenome Brito é de origem incerta podendo vir do celta  que gerou o latim britto, que era como eram chamados os bretões, um povo que habitava o norte da França e a Grã-Bretanha.
O mais antigo Brito conhecido foi D. Hero Brito, um nobre que viveu nos tempos do rei D. Afonso V de Leão e fundou o solar da família entre o Rio Ave e a Portela dos Leitões, no Norte de Portugal no século XI. Outro Brito foi D. Soeiro de Brito, um nobre da época do rei D. Afonso VI de Leão, este fundou um convento na atual freguesia de Brito e deste descenderia a família Britto.
Acima o brasão antigo da família Brito, em vermelho com nove lisonjas de prata com leão purpura em  cada lisonja.

Brasão da Família Rebouças

O sobrenome português Rebouças tem sua origem na palavra asturiana boza, que define uma área com mato que pode ser queimado para abrir espaço para o cultivo, tal palavra gerou o termo bouça do galego e do português falado na região de Trás-os-Montes.
A bouça é um terreno com touceiras e por vezes com árvores, o seu preparo para o cultivo é chamado de bouçar, que é o ato de queimar o mato para o preparo da terra, o que gerou o termo rebouçar usado no Minho, que significa limpar rapidamente, visto que o fogo consome as ervas daninhas rapidamente e com menos trabalho para preparar a terra. Desse modo o sobrenome Rebouças pode ser de origem toponímica, indicando que quem usava este apelido havia vindo de um lugar que tinha sido bouçado, ou estava envolvido na atividade de bouçar a terra.
O brasão dos Rebouças é em ouro com uma banda de verde.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Brasão da Família Sá

O sobrenome vem da palavra germânica Saal, que evoluiu para Saa e depois Sá, a palavra Saal significa "grande sala", mas em Portugal ganhou o sentido de "moradia ou alojamento", desta forma Sá é um sobrenome toponímico, no qual D. Paio Rodrigues adotou o nome de um lugar chamado Sá.
D. Paio Rodrigues de Sá viveu em Lafões no reinado do rei D. Dinis I de Portugal, seu filho João Afonso de Sá foi vassalo dos reis D. Afonso IV e D. Pedro I de Portugal, João Afonso de Sá foi senhor da Quinta de Sá, solar desta família em Guimarães.
João Afonso de Sá gerou Rodrigo Anes de Sá, este foi Embaixador de Portugal em Roma e alcaide do rei D. Pedro I de Portugal, foi senhor do Castelo de Gaia, que recebeu em troca da Quinta de Sá.
Rodrigo Anes de Sá foi o pai de João Rodrigues de Sá, também chamado de "o das Galés" por ter vencido as galés castelhanas que haviam cercado a cidade de Lisboa durante a Crise de 1383 a 1385, João Rodrigues de Sá também se destacou na batalha de Aljubarrota libertando Guimarães, ele foi alcaide-mor da cidade do Porto e após a batalha de Aljubarrota se tornou camareiro-mor do rei João I de Portugal. De João Rodrigues de Sá descendem os Condes de Penaguião.
O brasão da família é enxadrezado de prata e azul com cinco peças em faixa e seis em pala, o timbre é um búfalo xadrezado de prata e azul, armado de prata com uma argola de ouro nas ventas.

Brasão da Família Figueira e Brasão da Família Figueiredo

A família Figueira descende da família Figueiroa da Galiza que teria passado a Portugal por meio de Gonçalo Figueiroa, que chegou em Portugal no reinado de D. Fernando I, neste reino Gonçalo ficou conhecido como Figueira e dele acredita-se descenderem também os Figueiredos, estes últimos tinham propriedades em Figueiredo das Donas de onde tomaram o apelido.
Acima o brasão da família Figueiredo, em vermelho com cinco folhas de Figueira verdes perfiladas de ouro, o brasão ao lado pertenceu a João de Figueiredo, partido com o primeiro campo em azul, com uma torre de prata com as frestas em vermelho, saem da torre quatro  bandeiras de prata com a cruz da Ordem de Cristo e com mastros de ouro, o segundo campo como o brasão dos Figueiredos.
O brasão da Família Figueira é em ouro com cinco folhas de figueira em verde postas em sautor, tal brasão também é usado pelos Figueiroa, pois os Figueira e os Figueiroa são a mesma família.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Brasão da Família Valente

A família Valente descende de Afonso Pires Valente, que era senhor da Granja de Ficalho, este por sua vez descende de D. Diogo Gonçalves de Urrô, filho de Gonçalo Oveques, do qual descendem também os Freitas.
O brasão da família Valente é em vermelho com um leão de ouro com três faixas azuis.

Brasão da Família Marques

O sobrenome Marques é patronímico, de maneira que os filhos de pessoas chamadas Marcos adotavam o apelido Marques.
São Marcos foi discípulo de São Paulo e São Pedro e seria ele responsável por um dos Evangelhos. Era um costume cristão batizar crianças com o nome de santos, porém o nome Marcos vem da antiga religião romana e significa “aquele que é dedicado a Marte”, o deus da guerra a quem os romanos diziam ser descendentes.
Por ser patronímico surgiram muitas famílias Marques sem laço sanguíneo entre si, mas os nobres Marques de Portugal descendem do cavaleiro espanhol João Marques, que participou da conquista de Sevilha, tendo este escalado os muros da cidade para tomá-la dos mouros, ele era filho de Marcos Guterres e usava um escudo azul com um castelo de prata entre duas chaves em ouro.
Outro a receber um brasão foi António Marques de Oliveira, que servia ao imperador Carlos V & I do Sacro Imperador Romano-Germânico e da Espanha, a ele pertenceu o brasão cortado com o primeiro de ouro com uma águia negra armada de vermelho e o segundo vermelho com uma vila de prata sobre um rio.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Brasão da Família Pinho

O sobrenome Pinho vem do nome da árvore que produz o pinhão, e de outras semelhantes a ela, provavelmente o sobrenome Pinho surgiu à referência a uma região com muitos pinhos. Seriam os irmãos Gonçalo Anes de Pinho e Lourenço Anes de Pinho os mais antigos desta família de que se tem notícia, eles são citados pelo rei D. Pedro I de Portugal no século XIV, sendo estes irmãos vindos da Terra da Feira.
O brasão da família Pinho é em prata com cinco pinhos em verde com pinhas de ouro.

Brasão da Família Machado

O machado era uma arma de guerra amplamente utilizada na Idade Média, uma vez que ele era barato e podia ser manuseado por cavaleiros sem armadura e camponeses. Sendo uma arma de infantaria os guerreiros mais corajosos abriam caminho a machadadas sobre as tropas inimigas.
Durante o período medieval se aprimoraram diversos tipos de machados de guerra, como a alabarda, que era usada contra os cavaleiros de armadura, já os machados de cabo longo tinham a função de atacar o inimigo antes de ele chegar perto, os germanos também tinha seu machado típico chamado de francisca, tal machado era arremessado com grande precisão e era muito usado pelos francos.
Em geral o machado era uma arma muito usada, porém exigia de seu portador muita habilidade, uma vez que era pesada e além do machado o cavaleiro devia usar um escudo, já que um golpe direto de um machado podia romper a armadura, levavam também uma adaga ou espada, caso fossem desarmados poderiam usar alguma destas outras armas.
Os machados também eram usados para deferir o golpe de misericórdia nos soldados que agonizavam após as batalhas.

Fui justamente pelo uso do machado de guerra que D. Mendo Moniz (também chamado de Mem Moniz de Gandarei) ganhou o apelido Machado, teria D. Mendo Moniz Machado rompido às portas de Santarém a machadadas na conquista contra os mouros em 1147. D. Mendo Moniz Machado foi um homem rico e senhor da Quinta e Honra de Gandarei, ele também era primo de Egas Moniz, que havia sido responsável pela educação do primeiro rei português D. Afonso Henriques.
Acima o primeiro brasão pertenceu a D. Mendo Moniz, em vermelho com três machados e com nove torres postas na orla, porém no reinado de D. Manuel o brasão dos Machados foi trocado pelo terceiro acima, em vermelho com cinco machados de prata com o cabe de ouro postos em sautor.
O brasão do meio pertenceu aos filhos de Francisco Rodrigues Machado, chamados Álvaro Machado Pinto e João Machado Moniz, sendo entregue a eles pelo imperador Fernando II do Sacro Império Romano-Germânico em 1636, o brasão é esquartelado, com o primeiro em verde com três machados, o segundo de preto com uma espada de prata e um bastão de ouro postos em aspas entre as letras F I L E, que significam Ferdinandus Imperator libenter fecit (O imperador Fernando fez de boa vontade), no terceiro um coração vermelho perfilado de ouro sobre um campo azul com os dizeres Spes mea in Deo est (Minha esperança está em Deus), e o quarto de ouro com um galo negro.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Brasão da Família Vicente

O sobrenome Vicente chegou a Portugal através da Espanha, vindo de Castela, há quem diga que o apelido surgiu na Itália e passou a Espanha.
O nome Vicente vem do latim e significa “aquele que vence”. Ao lado o brasão dos Vicente da região da Múrcia e de Castela, em ouro com um braço armado segurando um pinho, com uma caldeira e um sino negro em chefe.

Brasão da Família Torres

A família Torres é de origem espanhola e descende dos reis de Navarra, os Torres passariam a Castela se tornando os senhores de Villardompardo, em Jaén, através de D. Pedro Ruiz de Torres.
Dois irmãos da família Torres de Jaén passariam a Portugal no reinado de João III de Portugal. Os filhos de D. Fernando de Torres chamados Diogo (Martim) de Torres e Afonso de Torres, naturais de Málaga, se estabeleceram em Lisboa no século XVI e no reinado do rei Sebastião de Portugal os Torres portugueses receberam o brasão em vermelho com cinco torres de ouro postas em sautor.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Brasão da Família Fonseca

O sobrenome Fonseca é toponímico e significa “fonte seca”. O apelido teria sido usado primeiramente por D. Garcia Rodrigues da Fonseca (também chamado de Garcia Roiz), que junto com seu irmão D. Paio Rodrigues (D. Paião Roiz) ajudou o conde D. Henrique da Borgonha na luta contra os mouros, pelos seus serviços D. Garcia Rodrigues da Fonseca recebeu a honra de Fonseca e o couto de Leomil, que passaria para seu filho D. Egas Garcia da Fonseca, deste descenderia a família Fonseca, a família Tavares e a família Coutinho.
Por ter a mesma origem o brasão dos Fonseca é semelhante ao dos Tavares e ao da família Coutinho, em ouro com cinco estrelas vermelhas, mudando apenas o timbre, que o dos Fonseca é um touro vermelho armado de ouro com uma estrela de ouro sobre a espádua.

Brasão da Família Borges

A família Borges descende do cavaleiro português Rodrigo Anes, que serviu ao rei Filipe II da França na defesa da cidade de Bourges durante a Cruzada Albigense, vencendo os hereges Cátaros, o que rendeu a Rodrigo Anes o brasão da família Borges.
Rodrigo Anes Borges descendia da família Rego e nasceu em Santarém, após comandar a defesa de Bourges ele passou a ser chamado de Cavaleiro de Bourges e ao voltar para Portugal Rodrigo Anes ficou conhecido como Borges, se fixando em Torre de Moncorvo, onde seus descendentes estabeleceram o Morgado de Torre de Moncorvo.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Brasão da Família Macedo

Apesar da maça ser o timbre do brasão português da família Macedo, o sobrenome vem da palavra maçã, já que Macedo era um lugar com muitas macieiras, o apelido teria sido usado por Ruy Martins de Macedo, um cavaleiro que viveu no reinado do rei português Dinis I, e que foi dono do solar de Macedo dos Cavaleiros, em Bragança, seu descendente Martim Gonçalves de Macedo socorreu o rei D. João I de Portugal na Batalha de Aljubarrota, quando este foi derrubado por um cavaleiro castelhano, Martim Gonçalves de Macedo derrotou o cavaleiro inimigo com uma maça, em agradecimento o rei lhe deu as armas da sua família com o timbre constando um braço com uma maça representando a que matou o castelhano.

Brasão da Família Paiva

O sobrenome Paiva é toponímico e surgiu na referência a regiões chamadas Paiva, próximas ao rio Paiva no Norte de Portugal. O significado do nome Paiva é incerto já sendo citado no século IX, uma provável origem para o nome é que ele seja uma variação do nome Pavia, um diminutivo do nome romano Paula, que também denomina uma região na Itália e tal nome teria sido usado como apelido por imigrantes romanos na Península Ibérica já nos tempos romanos.
Os nobres Paiva descendem de Arnaldo de Baião, um nobre cavaleiro que chegou no Porto no século X, seus descendentes foram senhores na Terra de Paiva e adotaram o apelido Paiva, dentre estes está João Soares de Paiva, conhecido como o Trovador, o  primeiro autor literário da língua portuguesa.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Brasão da Família Matias

O sobrenome Matias é de origem batismal e famílias descendentes de alguém com este nome adotaram Matias como apelido. O nome Matias vem do hebraico e significa “presente de Deus”.
 Matias era o nome de um dos apóstolos de Jesus, São Matias foi o discípulo escolhido para substituir Judas Iscariotes, ele teria sido escolhido antes do Pentecostes e após Pedro levantar a questão de escolher um apóstolo para substituir Judas.
São Matias foi crucificado ao ir evangelizar na Etiópia, outras versões dizem que ele na verdade morreu idoso em Jerusalém.
É provável que as pessoas fossem batizadas com o nome Matias em referência ao Santo, e as famílias que adotaram Matias como sobrenome na Espanha e em Portugal na verdade não tinham laço sanguíneo entre si.
Acima o brasão dos Matias de Castela, em prata com uma cruz flordelisada em vermelho.

Brasão da Família Leal

A família portuguesa Leal é de origem desconhecida, porém a família Leal espanhola surgiu na referência a Torrecilla del Leal em Madrid, segundo a lenda tal lugar pertencia a um fazendeiro partidário do rei Pedro I de Castela, tal rei cometeu muitas atrocidades, como matar  Leonor de Gusmão, a amante de seu pai,  o que lhe rendeu o nome Pedro I o Cruel.  O rei Pedro I de Castela foi assassinado por seu meio-irmão Henrique II de Castela, que era filho ilegítimo do rei Afonso XI de Castela com sua amante Leonor de Gusmão.
Teria Henrique II de Castela se desentendido com tal fazendeiro quando pediu alojamento para seus soldados e o dono da fazenda chamou-o de traidor, foi então que Henrique II ordenou a morte do fazendeiro, mais tarde a fazenda se chamaria Torrecilla del Leal em alusão ao fazendeiro que era leal a Pedro I, ou a um cavaleiro que foi leal a D. Henrique II que enforcou o fazendeiro, há quem diga que os Leal descendem deste cavaleiro de D. Henrique II de Castela.
Não se sabe se a família Leal de Espanha tem alguma relação com a Portuguesa, visto que ambas são antigas, mas muitas famílias espanholas passaram para o Reino de Portugal durante sua história.
Acima o brasão da família Leal de Portugal, em prata com dois cães negros cercados com sete estrelas vermelhas. O cão é o símbolo da família Leal por representar a fidelidade e lealdade.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Brasão da Família Guerreiro

A família Guerreiro veio da Espanha passando a Portugal por meio de Bartolomeu Guerreiro, que pertencia à nobreza de Sevilha, ele chegou em Portugal no reinado de D. Afonso V e seus descendentes se estabeleceram em Almodôvar, onde os Guerreiros foram capitães-mores.
Bartolomeu Guerreiro teria vindo a Portugal por causa de sua inimizade com os Reis Católicos, uma vez que ele apoiou os castelhanos joanistas na Batalha de Toro, durante a Guerra de Sucessão de Castela, em que portugueses e castelhanos joanistas lutaram contra os castelhanos isabelinos e as tropas do rei de Aragão.
A Guerra de Sucessão de Castela ocorreu no século XV, onde os portugueses diziam que a herdeira do trono de Castela era a rainha Joana, a Beltraneja, já os aragoneses diziam ser Isabel, a Católica. Neste conflito Bartolomeu Guerreiro, um dos vinte e quatro de Sevilha, um grupo de nobres que regiam a cidade, apoiou a rainha Joana, porém o conflito terminou com a vitória dos aragoneses, os futuros Reis Católicos. 

Brasão da Família Esteves

O sobrenome Esteves (ou Estevens) é patronímico e significa “filho de Estêvão”, já o nome Estêvão significa “coroado”. Segundo o cristianismo Santo Estêvão foi o primeiro mártir cristão e é celebrado no dia 26 de dezembro, é provável que os nascidos no dia de Santo Estêvão ou devotos dele tenham usado seu nome e os filhos destes adotaram o apelido Esteves, desta forma gerando várias famílias Esteves sem nenhum laço consanguíneo.
Dos nobres Esteves de Portugal destaca-se Lopo Esteves Olivença, um cavaleiro do rei português D. Afonso V. De provável origem espanhola a família de Lopo Esteves se estabeleceu em Olivença, mais tarde D. Lopo participaria na expansão no norte da África, atuando nas conquistas de Alcácer, Tanger e Ceuta, no Marrocos e Espanha atuais.
 Pelos seus serviços Lopo Esteves recebeu o segundo brasão acima, em púrpura com uma águia de prata, bicada e sancada de negro.
Muitas famílias Esteves receberam brasões no Reino de Portugal, sendo os dois acima os mais representados, o primeiro com um campo de prata e uma flor-de-lis vermelha com duas espigas foi dado a Gaspar Rodrigues de Paes Esteves, este era descendente de João Lourenço de Budalde Estevens, também chamado de João Esteves Carregueiro, senhor do Morgado de Carregueiro e alferes-mor( comandante-chefe do Exército) de D. João I.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Brasão da Família Gaspar

Segundo a tradição cristã, Gaspar foi um dos Reis Magos e ele teria vindo da Índia e presenteado o Menino Jesus com olíbano (incenso), apesar venerados, a bíblia não cita o número de reis, seus nomes e nem de onde teriam vindo, limitando-se apenas a dizer que vieram do Oriente.
Gaspar seguiu uma estrela que havia aparecido no Ocidente, de acordo com seus conhecimentos astrológicos, aquilo era o sinal do nascimento de um rei na Judeia, Gaspar encontrou Jesus em Belém no dia seis de janeiro, data que é celebrado o Dia de Reis.
Os três reis teriam voltado para o Oriente e muitos séculos depois suas relíquias foram trazidas para Constantinopla, depois levadas para Milão e de lá para Colônia na Alemanha, onde estão até hoje.
Os festejos no Dia de Reis são comuns na Europa, em Portugal é celebrado com cânticos, comidas e bebidas, e segundo a tradição medieval os nascidos neste dia podiam levar o nome de algum dos reis, garantindo proteção divina por toda sua vida.
O sobrenome Gaspar é de origem batismal, os descendentes de alguém chamado Gaspar adotaram o nome de seu antepassado como sobrenome, talvez por esse antepassado ter tido alguma influência no local e ser bem conhecido.

Brasão da Família Mata

A família Mata portuguesa descende dos Guedes vindos da Galícia. O apelido teria sido usado em Portugal ainda no século XIV por um homem chamado D. Gomes Fernandes da Mata e seria ele o patriarca da família Mata da Vila da Sertã, porém teria sido Luís Gomes da Matta o patriarca do ramo nobre da família vindo da cidade de Loures, tais tem o nome grafado como Matta para diferenciá-los dos Mata de Sertã.
Luís Gomes da Matta descendia de cristãos-novos vindos de Castela, ele se estabeleceria na Quinta da Mata das Flores em Loures e teve sua nobreza justificada pelo rei D. Felipe II, que venderia para Luís Gomes da Matta Coronel o oficio do Correio-mor das Cartas do Mar, tal monopólio se manteria nas mãos da família Matta até o final do século XVIII, quando o correio passou novamente para a Coroa.
Após dois séculos no ofício do Correio-mor de Portugal, a família Matta foi recompensada com o Condado de Penafiel, no qual D. Manuel José da Maternidade da Mata de Sousa Coutinho recebeu o titulo de conde da rainha D. Maria I.
Acima os brasões das famílias Mata o primeiro pertence aos Mata de Sertã, em verde com cinco flores-de-lis de ouro, já o segundo pertence aos Matta do Correio-mor, de Loures, em ouro com três matas floridas.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Brasão da Família Paz

A família Paz descende de D. Pedro de Castela, um infante de Castela que viveu entre os séculos XIII e XIV, ele era filho do rei Alfonso X de Castela.
D. Pedro de Castela e seu filho D. Sancho de Castela el de la Paz lutaram contra o reino de Granada, onde D. Sancho ganhou o apelido Paz, já que ele contribuiu para que os espanhóis conseguissem a paz, uma vez que a campanha empreendida pelos espanhóis foi tão violenta que o rei Muhammad II de Granada solicitou a trégua. Outro que recebeu o apelido Paz foi Sancho Pérez de Paz, filho ilegítimo de D. Pedro de Castela que também acompanhou o pai nas batalhas.
D. Sancho de Castela el de la Paz foi senhor de muitas terras em Ledesma, em Castela e Leão, próximo a Portugal. O sobrenome Paz passaria a Portugal com o comendador Luís Álvares da Paz.

Brasão da Família Gonçalves

O sobrenome Gonçalves é patronímico de Gonçalo, desta forma os filhos de homens chamados Gonçalo ganhavam o apelido Gonçalves. O nome Gonçalo tem origem em Gundisalvus, um nome vindo das palavras germânicas gunthi, que significa “combate”, juntamente com salv, que quer dizer “salvo”, ou gunthi mais all, que se traduz por “tudo”, portanto Gonçalo pode significar salvo da guerra ou preparado para tudo no combate.
Por ser patronímico o apelido Gonçalves foi adotado por várias famílias, porém os nobres Gonçalves descendem do navegador português Antão Gonçalves, que viveu no século XV e foi o primeiro europeu a comprar africanos como escravos após o início das grandes navegações.
Antão Gonçalves foi Comendador na Ordem de Cristo e Alcaide-mor da Vila de Tomar, ele recebeu o brasão de armas dos Gonçalves por seus serviços.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Brasão da Família Luz

O sobrenome Luz é de origem incerta, há quem diga que nasceu na França e depois passou para Espanha, chegando talvez em Navarra primeiro e depois nas demais regiões. Passou a Portugal através de D. Fafes Luz que foi alferes-mor do Conde D. Henrique.
O sobrenome pode ter surgido como variação de outros apelidos com o radical “luz”, já outros o consideram de origem religiosa associado a Virgem Maria.
Acima os brasões da família Luz da Espanha, o primeiro em ouro com cinco marmelos verdes, o segundo em azul com um leão em ouro sentado e coroado.

Brasão da Família Fogaça

A origem do sobrenome Fogaça é incerta, apesar de fogaça ser o nome de um pão doce, cujo formato e ingredientes variam de região para região. A palavra fogaça vem do latim focacius panis, que era um pão achatado feito nas cinzas da lareira, tal pão se espalhou pelo Império Romano gerando diversas variações para a receita original e para seu nome.
Em Portugal a fogaça era dada e vendida nas festas religiosas ou oferecidas aos campeões de alguma competição, provavelmente o apelido foi adotado por famílias que produziam ou vendiam tais pães. 
As tradicionais fogaceiras eram as moças que levavam as fogaças para as festas religiosas, em Santa Maria da Feira existe uma festa em que fogaceiras fazem uma procissão na cidade em um voto a São Sebastião, para que a região fique livre da peste.
O mais antigo Fogaça de que se tem notícia chamava-se Pedro Fogaça, que descreve uma doação feita ao mosteiro de D. Romão de Neiva pelo então príncipe D. Afonso Henriques, que mais tarde se tornaria o primeiro rei português. Outro Fogaça de quem se acredita descender a família é João Lourenço Fogaça que foi chanceler-mor do rei D. Fernando, além de embaixador na França e na Inglaterra.
Acima os brasões da família fogaça, o primeiro é franchado com o primeiro e o ultimo quartel de vermelho com cinco bastões de ouro, e o segundo e seu contrario de ouro com uma fogaça azul realçada de prata, já o segundo brasão pertenceu a Antônio Fogaça, em ouro com três rosas de sua cor, os timbres são feixes de lenha ardendo.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Brasão da Família Coutinho

O sobrenome Coutinho vem da palavra couto que na Idade Média era como chamavam as regiões imunes aos impostos e a justiça real, os coutos eram concedidos pelo Rei em gratidão a um serviço prestado por um nobre, tais locais seriam usados como refúgio e asilo para criminosos, uma vez que a justiça não podia os alcançar, exceto nos casos de traição.
O sobrenome Coutinho surgiu na referência ao couto de Leomil, no qual os primeiros Coutinhos foram senhores. Teriam D. Garcia Rodrigues da Fonseca (também chamado de Garcia Roiz) junto com seu irmão D. Paio Rodrigues (D. Paião Roiz) ajudado o conde D. Henrique da Borgonha na luta contra os mouros, pelos seus serviços D. Garcia Rodrigues da Fonseca recebeu a honra de Fonseca e o couto de Leomil, que passaria para seu filho D. Egas Garcia da Fonseca, os filhos deste adotariam o apelido Coutinho, por causa da pequena extensão do couto de Leomil.
Muitos nobres portugueses descendiam dos senhores de Leomil, dentre estes se pode destacar o lendário D. Álvaro Gonçalves Coutinho, chamado de o Magriço, cujas aventuras são narradas pelo grande poeta Luís Vaz de Camões. D. Álvaro Gonçalves Coutinho foi um dos Doze de Inglaterra, cavaleiros andantes portugueses que teriam ido a Inglaterra defender a honra de doze donzelas inglesas, segundo a lenda, D. Álvaro Gonçalves Coutinho desembarcou na Grã-Bretanha e seguiu a cavalo até o duelo, para conhecer os costumes e as manhas dos cavaleiros daquelas terras, enquanto seus companheiros seguiram de barco até seu destino, porém ao chegarem lá, D. Álvaro ainda não havia chegado, mas no ultimo instante ele apareceu e venceu os cavaleiros ingleses que haviam ido contra a honra das doze damas.
No Brasil destaca-se Vasco Fernandes Coutinho que recebeu do rei D. João III a Capitania do Espírito Santo pelos serviços prestados ao reino em campanhas na África e na Índia. O premio lhe serviria de castigo uma vez que a conquista das terras capixabas se mostrou muito difícil. Mais tarde Francisco de Aguiar Coutinho venceria os holandeses que eram comandados pelo grande almirante Pieter Pieterszoon Heyn.
O ultimo donatário da família Coutinho foi Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho que passaria a Capitania do Espírito Santo (que por quase um século e meio pertenceu a família) ao fidalgo baiano Francisco Gil de Araújo em 1674.
Fradique Coutinho neto de Vasco Fernandes Coutinho foi um bandeirante que ajudou na expansão das fronteiras brasileiras, participando da conquista de Guaíra no Paraná. Descenderia de Vasco Fernandes Coutinho a família Azeredo Coutinho e estaria associada a ele a família Câmara Coutinho, grandes senhores de terra do Brasil colonial.
Acima o brasão dos Coutinho de Portugal, de ouro com cinco estrelas de cinco raios em vermelho, ao lado o brasão do capitão Manuel de Azeredo Coutinho Messeder. Pertenceu a família Azeredo Coutinho o barão Sebastião da Cunha de Azeredo Coutinho, primeiro e único barão de Azeredo Coutinho nos tempos do Império do Brasil.

Brasão da Família Azeredo

O nome Azeredo vem do nome de uma cerejeira nativa da Península Ibérica chamada azereiro em português e acereiro em galego, logo Azeredo era um lugar com muitos azereiros.
A família Azeredo descende da família Araújo da Galícia, o sobrenome teria passado a Portugal por Vasco Rodrigues de Araújo, que tomou o nome da Torre de Azeredo, na Galícia, onde era senhor. Seu filho Rodrigo Vasques de Azeredo foi capitão nos reinados de D. Afonso V e D. João II.
O brasão da família Azeredo portuguesa é em azul com dez ou oito bastões de ouro em contrabanda.