sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Brasão da Família Campo e Brasão da Família Campos

Os sobrenomes Campo e Campos têm a mesma origem, na verdade Campos é apenas uma variação plural do provável original Campo.
O sobrenome Campos é toponímico e surgiu na Espanha num lugar chamado Tierra de Campos em Castela e Leão, a Tierra de Campos era antes chamada de Campus Gallaeciae (campos da Galiza) e depois passou a se chamar Campi Gothici ou Campi Gothorum (Campos Góticos), pois havia sido habitada por visigodos após a invasão da Gália Aquitânia pelos francos no século V.
De Tierra de Campos o sobrenome se espalhou para Espanha chegando a Portugal mais tarde, alguns acreditam que o sobrenome tenha passado a Portugal no século XIII, porém o brasão da família foi entregue a Gonçalo Vaz de Campos no século XV, durante o reinado de Afonso V de Portugal.
Gonçalo Vaz de Campos era escudeiro e criado de D. Vasco de Ataíde, prior do Crato. D. Gonçalo Vaz de Campos participou na tomada de Alcácer-Ceguer, no atual Marrocos, em 1458.

Brasão da Família Martins, Brasão da Família Martinis e Brasão da Família Martini

A origem dos sobrenomes Martins, Martinis (ou Martinez) e Martini está nos nomes latinos Martinici ou Martinus, que significam "guerreiro ou inclinado à guerra", tais nomes geraram Martim, Martino ou Martinho e destes nomes batismais surgiram os sobrenomes patronímicos Martins, Martinis e Martini, desta forma quem levasse o apelido Martins era filho de Martim, ou vinha de uma terra pertencente a alguém com este nome.
Quanto às famílias Martins ou Martinis, sabe-se que o sobrenome Martins é uma variação da alcunha espanhola Martinez, o sobrenome teria passado a Portugal por meio de Diogo Martins, um cavaleiro que serviu ao rei Dom João III, após a morte deste rei a cidade de Lisboa passou por um período de fome e Diogo Martins, que era muito rico, mandou trazer da Sicília três navios de trigo que vendeu aos habitantes da cidade sem obter lucro algum, por tal serviço ele recebeu o brasão da família Martins entregue pela rainha Catarina da Áustria, que era regente de Sebastião I de Portugal em sua menoridade.
O brasão de Diogo Martins é cortado, com primeiro de negro, com duas palas de ouro; e o segundo de ouro com três flores-de-lis de vermelho, porém são assimilados outros brasões aos Martins de Portugal como se pode ver abaixo.
Já o sobrenome Martini surgiu na Itália e depois chegou a Portugal, o brasão da família Martini foi dado a Ambrósio Martini pelo Imperador do Sacro Império Maximiliano II da Alemanha, alguns dizem que Ambrósio Martini era um plebeu e foi feito cavaleiro pelo imperador que lhe deu o escudo partido de ouro e de negro, com um homem nascente e de braços levantados, tendo uma foicinha na mão direita e cinco espigas na esquerda, vestido com um chapéu cônico, tudo entrecambado.

Brasao da Familia Barbosa e Brasao da Familia Barboso

A origem do sobrenome Barbosa vem de uma quinta portuguesa de mesmo nome. A Quinta de Barbosa foi criada por D. Sancho Nunes nas terras de sua mulher, ele logo seria chamado de D. Sancho Nunes Barbosa, a Quinta dos Barbosa seria dada a sua filha em dote herdado pela esposa de D. Sancho, por isso seu filho D. Pedro Nunes de Barbosa criou uma nova Quinta de Barbosa, desta nova quinta surgiria entre os séculos XIII e XIV o sobrenome Barbosa, adotado pelas pessoas originarias das terras dos Barbosa, o sobrenome teria migrado para a Espanha onde surgiram às famílias Barbosa espanholas.
Quanto ao sobrenome Barboso seria uma variação de Barbosa, talvez uma versão masculina do nome.

Brasão da Família Carneiro

O sobrenome Carneiro não tem uma origem definida, mas alguns acreditam que a alcunha surgiu no território do atual Portugal no século X, quando um cavaleiro francês da família Mouton chegou ao Condado Portucalense para ajudar na tomada dos territórios dominados pelos mouros.  Do sobrenome Mouton viria o apelido Carneiro, uma vez que mouton em francês significa "carneiro".
Outros dizem que a família Carneiro descende de Pedro Carneiro, senhor das terras de Valdevez, que viveu nos tempos do Conde D. Henrique. O sobrenome Carneiro seria toponímico e surgiu em Gestaçô, no atual concelho de Baião, onde havia uma região chamada Serra de Carneiro de onde foi tomado o nome.
Há quem diga também que a alcunha surgiu na Espanha, já sendo usado desde antes do século XII, porém o mais provável é que o sobrenome Carneiro tenha sido adotado por pessoas que estavam envolvidas na criação de carneiros, sejam pastores, produtores de lã ou até mesmo de queijo, também por habitantes de terras importantes na criação desses animais, já que sua carne e derivados eram muito apreciados na Idade Média.
O brasão da família Carneiro é em vermelho, com uma banda de azul perfilada de ouro e carregada de três flores-de-lis do mesmo metal, acompanhada de dois carneiros de prata armados de ouro.

Brasão da Família Amorim e Brasão da Família Morim


O sobrenome Amorim é toponímico e surgiu na Galiza, num lugar chamado Amorim próximo à cidade de Tui, desta família descende também a família Morim. O sobrenome Amorim passaria a Portugal por várias vezes e por diversos ramos da família, como o que passou durante o reinado de D. João I, por meio de Hilário de Amorim que foi primeiro senhor da Torre de Amorim, este se fixou em Ponte de Lima e estava a serviço do duque de Lancastre.
Em Portugal há uma freguesia chamada Amorim, cujo nome é de origem latina e significa "local de amar ou dos amantes", as primeiras citações da freguesia de Amorim datam do século XI, sendo citada também nas Inquirições de 1220.
O brasão dos Amorins é em vermelho com cinco cabeças de mouros decapitadas sangrando postas em sautor, alguns as representam com toucado de azul e prata com as barbas de ouro.

Brasões das Famílias Carvalho, Carvalhais, Carvalhal e Carvalhal Bem-feito

O sobrenome Carvalho tem origem em uma árvore de mesmo nome, o carvalho é uma árvore imponente que constitui grandes florestas e bosques de carvalhos, que são chamados de carvalhais, e no seu singular carvalhal.
Durante a Idade Média vários profissionais dependiam dos carvalhos, sendo eles lenhadores, marceneiros, construtores de casas, caçadores e criadores de porcos, é provável que sejam estes os primeiros a usarem Carvalho como apelido.
A presença destas árvores serviu também para denominar regiões, como o Morgado de Carvalho nas terras de Coimbra, que pertenceu a Bartolomeu Domingues, quem se acredita ser o primeiro a usar o apelido Carvalho, outros dizem que foi seu avô Pelagius Carvalis quem instituiu o ramo nobre da família Carvalho, deles descenderia o ilustre Sebastião José de Carvalho e Melo, o primeiro Conde de Oeiras e Marquês de Pombal.
Quanto aos sobrenomes Carvalhais e Carvalhal seriam variações do sobrenome  castelhano Carvajal, que por sua vez surgiu na apologia a terras onde havia carvalhos, referências mais antigas ao sobrenome Carvalhal datam do início do século XIV, em que é citado certo D. Álvaro Gil de Carvajal, que seria o patriarca da linhagem nobre da família Carvalhal, este por sua vez era bisneto de Gonçalo Gonçalves de Carvajal, quem alguns autores consideram ser filho do rei D. Bermudo II de Leão. O nome Carvajal teria se tornado Carvalhal na geração seguinte a de D. Álvaro Gil de Carvajal.
Já a família Carvalhal Benfeito descende de Diogo Fernandes, quem o rei D. João III deu uma quinta no couto de Alcobaça.

Brasão da Família Costa

A origem da família Costa é toponímica, na verdade não existe apenas uma família Costa, já que na Europa eram denominadas “da Costa” aquelas pessoas que vinham da região costeira, por isso existem famílias Costa na Itália, Espanha e Portugal.
A nobre família Costa portuguesa surgiu na Quinta da Costa em Guimarães, onde a família tinha torre e casa forte. O mais antigo Costa português conhecido é Gonçalo da Costa, senhor da Torre da Costa em Mancelos, que viveu nos tempos do rei D. Afonso Henriques.
O brasão da família Costa é em vermelho com seis costelas de prata, isto porque costa também significa costela.

Brasão da Família Leitão

O sobrenome Leitão é de origem ocupacional e é uma referência a criação de suínos.
A criação de porcos ganhou espaço na Europa na época dos romanos e se manteve durante a Idade Média, os porcos eram pastoreados em florestas onde encontravam alimento em fartura, a suinocultura no período medieval era muito importante, sendo mais influente até que a pecuária. Neste período surgiu o apelido Leitão, associado a pessoas que estavam envolvidas na criação de porcos ou no abate destes animais.
A família Leitão portuguesa descende de D. Gueda Soares, “O Velho”, que havia passado a Portugal nos tempos do Conde D. Henrique, os descendentes de D. Gueda se estabeleceram em Lodares, onde ganharam o apelido Leitão. A família Leitão ganhou destaque no Reino de Portugal, por possuir muitas terras, desta família descendem as famílias Silveira e Mascarenhas.
O brasão da família Leitão é em prata com três faixas em vermelho.

Brasão da Família Guimarães

O sobrenome Guimarães vem do nome Vimaranes, que alguns creem vir da palavra germânica Wigmar, que significa “cavalo de combate”, desta palavra surgiria o nome Vímara, logo Vimaranes é patronímico e significa "filho de Vímara".
O sobrenome Guimarães se originou em uma região no Norte de Portugal, outrora chamada de Vimaranis, de onde acredita-se ter partido os primeiros conquistadores do território português.
Os primeiros senhores de Guimarães descendem de Vímara Peres, vassalo do rei Afonso III das Astúrias, nascido na Galiza no século IX e que partiu para reconquistar a região entre o Minho e o Douro, sendo o primeiro conde de Portucale e seu filho, Lucídio Vimaranes, o sucederia como conde. 
Vímara Peres fundou um burgo chamado Vimaranis que mais tarde se tornaria Guimarães. Por volta do século X foi construído em Vimaranis um mosteiro que recebia fartas doações de nobres e até de reis, com isso, ele se transformou no Mosteiro Real Colegiada, que se tornou um local de peregrinação.
O sobrenome Guimarães teria surgido no uso do nome desta região para indicar de onde as pessoas vinham. Guimarães é o berço da nação portuguesa, já que ali foi a capital do condado de Portucale instituída por D. Henrique e foi também o provável local do nascimento de D. Afonso Henriques, o fundador do Reino de Portugal. 

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Brasão da Família Maia

Maia é o nome de uma planta (Cytisus striatus) comum em Portugal, considerada por alguns como daninha, anteriormente usada na confecção de vassouras.
A origem do sobrenome Maia está ligada a uma região que se estendia por quase todo o norte do atual Portugal. O nome Maia já era usado pelos habitantes desta região como apelido desde antes da própria fundação do Reino de Portugal, segundo a lenda o primeiro rei português, D. Afonso Henriques, foi educado junto à família Mendes da Maia, que já governava a antiga região de Maia.
D. Afonso Henriques teve por aio o arcebispo D. Paio Mendes da Maia, que era irmão de D. Gonçalo Mendes da Maia, conhecido como "O Lidador", um ilustre comandante militar que entrou para história portuguesa pela sua constante luta contra os mouros.
A nobre família Maia descende do rei Ramiro II de Leão, por seu bisneto Gonçalo Trastamires da Maia, o segundo Senhor da Maia e avô de Gonçalo Mendes da Maia. O cavaleiro D. Gonçalo Trastamires da Maia participou das campanhas da reconquista das terras próximas ao Rio Mondego, tendo papel importante na tomada do Castelo de Montemor-o-Velho, do qual foi governador e fronteiro-mor.
O brasão da família Maia é em vermelho com uma águia de ouro armada e gotejada de negro, outros trazem um campo vermelho com uma águia negra sancada de ouro e armada de negro.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Brasão da Família Monterroio


O sobrenome Monterroio e sua variação Monterroyo são de origem portuguesa, apesar da linhagem nobre da família estar ligada a nobreza castelhana e leonina, o sobrenome pode ter surgido na referência ao Solar dos Monterroios na região do Douro em Portugal.
A família Monterroio descende de Fernão Gil, tesoureiro do rei D. Duarte I e que também serviu ao rei D. Afonso V na tomada de Ceuta. O brasão dos Monterroio é de ouro com uma águia de duas cabeças em vermelho, bicada e sancada de prata, coroada de duas grinaldas em verde, pousada sobre as pontas de um crescente de prata.

Brasão da Família Pereira

O sobrenome Pereira surgido em Portugal é originário de uma árvore de mesmo nome, cujo fruto é a pera. O nome Pereira foi dado a diversas regiões em Portugal, talvez por que essas regiões se tratavam de plantações de peras, com o tempo os habitantes destas regiões passaram a usar o sobrenome Pereira, demonstrando que eram originários das regiões que tinham o mesmo nome.
Acredita-se que o sobrenome foi usado primeiramente por uma família rica, senhores da Quinta de Pereira, em Esmeriz. O primeiro a usar o sobrenome foi Rui Gonçalves Pereira, dele descende D. Nuno Alvares Pereira, pai de Beatriz Pereira de Alvim que se casou com D. Afonso, o primeiro Duque de Bragança, dando origem à Casa de Bragança, que mais tarde iria reinar sobre Portugal.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Brasão de Família Pinto

O sobrenome Pinto vem da palavra pintado, alguns autores creem que o nome Pinto tenha sido dado como apelido a um cavaleiro que retornou de uma batalha muito ensanguentado, tanto que ganhou o apelido Pinto, devido a ele estar ,como que, pintado de sangue.
O sobrenome teria surgido em Portugal durante o início de sua história, um cavaleiro chamado Paio Soares adotou o apelido Pinto, que foi passado as suas filhas após sua morte, a filha mais velha de Paio Soares Pinto se casou com um cavaleiro de nome Egas Mendes de Gundar, que era rico e natural de Astúrias, ele seria o patriarca da família Rego e da família Pinto, sendo que um de seus filhos passou a possuir as terras que pertenciam ao dote de sua mãe, assim ele assumiu o apelido de seu avô como seu sobrenome criando a família Pinto.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Brasão da Família Matamouros

Alguns devotos creem que São Tiago, conhecido como Santiago o Maior, o primeiro apostolo de Jesus a ser martirizado, teria visitado a Hispânia, após o pentecostes, na tentativa de evangelizar os pagãos, sem sucesso ele voltou a Judeia onde foi decapitado a mando do rei judeu Herodes Agripa I.
Após o início da chamada reconquista cristã da Península Ibérica, em uma batalha contra os mouros em Clavijo, na Espanha, Santiago teria aparecido miraculosamente e ajudou a decidir a vitória em favor dos cristãos, dai o santo passou a ser conhecido como Santiago Matamouros, a história do milagre de um santo que lutava junto com os cristãos se espalhou pela Península Ibérica e ajudou a estimular os cavaleiros cristãos a lutarem contra os mouros crendo na proteção divina de Santiago.
Santiago era tido como o protetor do exército também pelos portugueses, até a invasão castelhana no século XIV, onde o Santo foi trocado por São Jorge.
O sobrenome Matamouros surgiu na devoção a Santiago, onde muitos devotos assumiram este sobrenome na Espanha, além disso, existem algumas regiões na Ibéria com esse nome o que também pode ter ajudado a adoção do nome por famílias que habitavam estas regiões.
O sobrenome teria passado da Espanha para Portugal por meio de Juan Mancebo Furtado de Matamouros, que participou nas Guerras da Flandres e na Batalha de Lepanto junto a Liga Santa, após isso ele ingressou no exército português, onde participou da Batalha de Alcântara.
O brasão dos Matamouros é esquartelado, com o primeiro em vermelho com um braço nu empunhando uma espada de prata; o segundo é em azul com três cabeças de mouro cortadas e ensanguentadas; o terceiro é em vermelho com uma cabeça de rei mouro; e o quarto é de prata com três bandeiras em vermelho.

Brasão da Família Rodrigues

O sobrenome Rodrigues vem do nome Rodrigo, que por sua vez vem dos idiomas germânicos, sendo rod "famoso" e rico "senhor", significando assim "o senhor famoso". O nome teve grande influência na Península Ibérica devido ao rei Roderico, latinizado no nome Rodrigo, que foi o ultimo rei visigodo da Hispânia e perdeu seu reino para os mouros, permitindo assim a entrada do islã na Península Ibérica, Rodrigo teria fugido para a Lusitânia onde morreu.
O nome do rei Rodrigo ficou bem vivo na mente do povo ibérico, que contavam como os muçulmanos entraram na Ibéria, tal nome foi dado a muitos, daí surgiu o nome Rodrigues, que significa "filho de Rodrigo" ou "da casa de Rodrigo", este nome foi adotado por muitas famílias na Península Ibérica como sobrenome, na forma de Rodriguez na Espanha.
O Reino de Portugal até o século XV, permitia certa liberdade aos judeus, que eram perseguidos no resto de toda Europa, após esta data eles passaram a ser perseguidos também dentro do território português, a menos que se convertessem ao cristianismo e passassem a usar nomes cristãos, o sobrenome Rodrigues foi um dos adotados pelos judeus, já que o sobrenome lhes permitia ser “anônimos” e não expor suas origens, devido a grande variedade de famílias que usavam o sobrenome Rodrigues.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Brasão da Família Lima

A origem do sobrenome Lima nos leva até a Grécia Antiga, em que na mitologia havia no Hades um rio chamado Lete, no qual aquele que bebesse das suas águas esqueceria tudo, o nome Lete ou Lethe significa esquecimento, mas o seu contrario é verdade, o que torna o sentido de Lete mais próximo de ilusão do que de esquecimento.
Para os romanos este rio ficava na Península Ibérica e era chamado de Lima ou Limia, mito criado pelo filosofo, geógrafo e historiador grego Estrabão, segundo a mitologia quem atravessasse o rio esqueceria todas as suas lembranças, mas o mito foi quebrado quando o general romano Decimus Junius Brutus atravessou o rio e chamou na outra margem os seus soldados pelo nome.
O rio Lima nasce no Norte da Espanha e segue até Portugal onde deságua no oceano, e foi na região deste rio que surgiu o sobrenome Lima, o sobrenome Lima foi assimilado pelos senhores desta região.
O brasão antigo dos Lima é de ouro com quatro palas de vermelho, tal brasão foi dado a D. João Fernandes de Lima, chamado de “o Bom”, por seus serviços ao rei D. Pedro II de Aragão na Batalha das Navas de Tolosa, em que os exércitos cristãos da Península Ibérica derrotaram o Califado Almóada. João Fernandes de Lima descendia dos condes de Trastâmara e era neto da infanta de Portugal, Urraca Henriques.
Os nobres da família Lima de Portugal descendem de Fernão Annes de Lima, um nobre galego que foi alcaide-mor de Ponte de Lima, a quem dizem descender dos reis godos e suevos. D. Fernão Annes de Lima (também chamado Fernando Annes de Lima) passou ao Reino Português durante o reinado de D. João I, de quem ele recebeu muitas terras.
O filho D. Fernão Anes de Lima, chamado D. Leonel de Lima, foi o primeiro visconde do Reino de Portugal, com o título de Visconde de Vila Nova de Cerveira, sua mãe Teresa da Silva, era filha de João Gomes da Silva, o segundo Senhor de Vagos e conselheiro de D. João I. D. Leonel de Lima ordenou o escudo partido em três palas, a primeira com as armas da família Lima, em ouro com quatro palas de vermelho; a segunda e a terceira esquartelado com as armas dos Silva de sua mãe no primeiro e no quarto quartel, em prata com um leão de púrpura, armado e lampassado de vermelho; o segundo e o terceiro quartel com as armas da família Sotomaior, por ser neto de Ignez Souto-maior, em prata com três faixas de três tiras enxadrezadas de vermelho e de ouro.

Brasões da Família Ribeira e da Família Ribeiro


O sobrenome Ribeira e o sobrenome Ribeiro surgidos na Península Ibérica têm a origem na mesma palavra latina, ripariu, sendo ribeiro é o nome dado a um rio pequeno, e ribeira é o nome dado à terra banhada por um rio, daí deve ter surgido os sobrenomes Ribeira e Ribeiro, adotado por pessoas que habitavam terras que já tinham o nome Ribeiro ou Ribeira, devido à existência de um rio na região. Há quem diga que as duas famílias são a mesma, havendo apenas uma variação na grafia.
Os Ribeiro são uma das maiores e mais antigas famílias portuguesas, desta forma parte de sua história se perdeu no tempo e se mistura pelos seus diversos ramos.
Os Ribeiro receberam alcaidarias-mores e morgados em Portugal, como o de Castelo Melhor. A família teria se estabelecido na freguesia de São Paulo em Lisboa, além de também terem se estabelecido na Ilha de São Miguel nos Açores.
O brasão dos Ribeiro é esquartelado com os brasões da família Aragão (em ouro com bastões vermelhos) e o dos Vasconcelos (em preto com três faixas veiradas de vermelho e prata), uns dizem que eles usam tais armas por descenderem dos Aragão e dos Vasconcelos.
O brasão pode ter sido entregue a Afonso Pires da Ribeira ou a seu filho Pedro Afonso da Ribeira no século XIII, já nos primeiros anos do Reino Português, e eles teriam vindo de Cabrera e Ribera no Reino de Leão.
A família Ribeira também é de origem espanhola e passou para Portugal no reinado de D. Manuel I, por meio de Rui Dias da Ribeira, alcaide-mor da vila de Amieira, seu filho Damião Dias de Ribeira foi escrivão da Fazenda dos Reis D. Manuel I e D. João II.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Brasão da Família Santos

O sobrenome Santos vem do latim sanctorum, que significa dos santos, o sobrenome é uma referência ao dia de todos os santos, por isso existe uma variação do nome em todos os países europeus de predominância católica, segundo a tradição medieval era costume levar o nome do santo que é celebrado no dia do nascimento, daí o surgimento do nome Santos, sendo um tipo de abreviação para todos os santos, existem variações do sobrenome em Portugal, dentre elas as mais comuns são: Santeiro, Santo e Santero.
O apelido Santos é mais antigo que o Reino de Portugal, e já era usado nos reinos medievais católicos da Península Ibérica. Alguns acreditam que as primeiras famílias a usar nome Santos como sobrenome em Portugal eram de imigrantes espanhóis vindos da Andaluzia.

Brasão da Família Ferreira

O sobrenome Ferreira é de origem ibérica, mas existem os sobrenomes Ferrara ou Ferrari na Itália que surgiram pela mesma força ideológica que criou o nome Ferreira, provavelmente uma referência à profissão de ferreiro, muito importante na Idade Média, já que o desenvolvimento de um país durante a Baixa Idade Média até a Idade Moderna era ditado pela capacidade de produzir os mais diversos tipos de ferramentas agrícolas, o que poderia facilitar e aumentar a produção nacional, também cabia aos ferreiros a produção de armamentos e quase todos os derivados da matéria prima metálica.
O nome Ferreira pode ter sido usado como sobrenome primeiramente na Espanha, na forma de Herrera ou Herreira, onde havia regiões com o mesmo nome, o que determinava que ali houvesse ou houve uma família ferreira, ou seja, que trabalhava ou estava ligada ao ofício de ferreiro. O sobrenome pode ter chegado a Portugal por meio de imigrantes espanhóis.
D. Fernando Alvares Ferreira seria o patriarca da família Ferreira portuguesa, este teria chegado a Portugal no reinado de D. Sancho I, vindo de Castela e era descendente dos condes de Astúrias de Santilhana, o apelido teria sido tomado de uma vila chamada Herrera em Leão.

Brasão da Família Silva

O sobrenome Silva, vem do latim, que significa selva, floresta ou bosque. As referências mais antigas do nome são da época do reino dos Godos, em que o nome foi adotado por alguns príncipes. O nome é logicamente de origem toponímica, mais provavelmente de uma região chamada Torre de Silva, perto de Valença, em Portugal, porém existem muitas outras regiões na Espanha e em Portugal com este nome.
Apesar de remotas, o uso sobrenome Silva tem origens no Reino de Leão, e por isso seu brasão de armas faz referência a ele, sendo um leão purpura armado e lampassado de vermelho ou azul, sobre um campo prata.
No Brasil o sobrenome foi adotado por pessoas escravizadas e também por quem buscava se passar por anônimo.

domingo, 4 de outubro de 2009

Brasões da Família Pedroso e da Família Pedrosa

Os sobrenomes Pedrosa e Pedroso significam "aquele que tem atributos de uma pedra". A família Pedroso é toponímica do concelho de Pedroso onde estava o solar da família, o apelido teria sido usado primeiramente por Rui Gonçalves Pedroso, Senhor neste concelho e filho de Pedro Anes de Araújo, porém ele teria tomado o apelido Pedroso de seu avô materno, o qual ele sucedeu no Senhorio do Couto de Pedroso, nos tempos do rei D. João I.
A família Pedrosa descende de Garcia Álvares de Pedrosa, um fidalgo galego que passou a Portugal no reinado de D. Afonso V, tal família se estabeleceu na Vila de Murça.
O brasão da família Pedroso é em ouro, com duas faixas de vermelho acompanhadas de sete lobos passantes de púrpura armados e lampassados de vermelho. Quanto ao brasão da família Pedrosa, ele é em ouro com cinco pedras postas em sautor, sendo que a do meio tem uma águia estendida em negro e armada de prata pousada.

sábado, 3 de outubro de 2009

Brasão da Família Bragança

O sobrenome português Bragança vem provavelmente do celta, que denominou uma região na Península Ibérica chamada Brigantia, que significa “terra do povo guerreiro”, quando os romanos dominaram a região, ela já tinha grande importância, por isso ela foi batizada pelos romanos como Juliobriga, uma homenagem ao imperador romano Júlio César.
Com as guerras entre cristãos e muçulmanos, as povoações locais foram quase todas destruídas, mas reerguidas no século XII, e lhe foi posto o nome de Bragança, que se tornou no século XV o centro do Ducado de Bragança e uma importante cidade. O sobrenome surgiu na referência da origem da família, que vinha da cidade de Bragança.
Os nobres Bragança descendem de Afonso I de Bragança, o primeiro Duque de Bragança e filho ilegítimo do rei D. João I, que concedeu o ducado a Afonso I no início do século XV.
Houve certa época que os reinos de Portugal e o da Espanha estiveram unidos, pois tinham apenas um só rei, isso criou um ambiente de revolta no Reino Português, foi quando a aristocracia e a burguesia portuguesa escolheram o Duque de Bragança, D. João II, para ser o novo rei português, que passou a se chamar D. João IV de Portugal, que após vencer a opressão espanhola restaurou a independência portuguesa.
A Casa de Bragança passou a ser a Quarta Dinastia de Portugal, que perdurou desde a restauração da independência em 1640 até a implantação da república em Portugal em 1910. Da Dinastia de Bragança descendem os imperadores do Brasil, que governaram o país de 1822 a 1889.
Acima o antigo brasão da Casa Ducal de Bragança,  em prata com uma aspa vermelha carregada de cinco escudetes azuis com cinco besantes de prata em aspa, o timbre é um cavalo branco com as rédeas de ouro e as correias em vermelho, com três lançadas no pescoço vertendo sangue. 

Brasão da Família Brandão

O sobrenome português Brandão vem do prefixo germânico brand que significa “fogo”, porém muitos assimilam o nome Brandão ao prefixo bend, que significa “o portador de espada”.
Não se sabe ao certo se a família Brandão descende de portugueses ou de imigrantes, há quem diga que os Brandão vieram da Inglaterra, outros dizem terem vindo da Normandia ainda no tempo do Conde D. Henrique da Borgonha.
Teriam os irmãos Fernão Brandão e Carlos Brandão vindo da Normandia e se estabelecido próximo ao Mosteiro de Grijó, no Distrito do Porto, mais tarde receberam o solar de Paços de Brandão, do qual tomaram o nome.
O brasão da Família Brandão é em azul, com cinco brandões de ouro acesos.

Brasão da Família Freitas

O sobrenome Freitas de origem portuguesa, provavelmente vem da palavra latina fracta ou de seus derivados, essa palavra significa "quebrado", alguns creem que o nome surgiu devido a algum lugar de pedras quebradas, talvez uma pedreira ou algum terreno muito acidentado. O fato que o nome foi adotado por algumas famílias no século XII em diante e é considerado um apelido toponímico.
Os nobres Freitas descendem do cavaleiro D. Gonçalo Ouveques e de seu filho de D. Diogo Gonçalves de Urrô, este ultimo participou da Batalha de Ourique junto ao primeiro rei português, D. Afonso Henriques, nesta batalha as tropas portuguesas venceram um exército mouro muito maior, após a batalha D. Afonso Henriques se autoproclamou rei de Portugal.
João Dias de Freitas, filho de D. Diogo Gonçalves de Urrô, recebeu ainda no reinado de D. Afonso Henriques, o Paço de Freitas, no concelho de Fafe, desde fidalgo descendem os Freitas.

Brasão da Família França, Franca e Francisco, Brasão da Família Franco e Brasão da Família Franqui

Os sobrenomes Francisco, Franco, França e Franca, têm consigo praticamente a mesma origem, o povo franco.
Os francos era uma das tribos germânicas que invadiram o Império Romano e fundaram um reino onde, grande parte, hoje fica a França. Na língua franca a palavra franco era sinônimo de “livre”. Durante a Idade Média era costume chamar toda a pessoa que era originária destas terras de Franco ou Francisco, já que Francisco significa filho do franco ou aquele que nasceu na terra franca, em um sentido mais amplo "homem livre" ou "filho da liberdade", esse costume passou a ser adotado em toda Europa, e em toda ela o nome Francisco é bem popular.
Com a morte do imperador franco Luís o Pio, o reino franco foi dividido em três e um deles formou a França moderna, o próprio nome França significa ‘terra dos francos’, com isso os antigos imigrantes originários da França adotaram o nome de seu país de origem como sobrenome.
Quanto ao sobrenome Francisco, ele recebeu um grande impulso por causa de santos católicos com o mesmo nome e que são populares nos países latinos europeus, principalmente São Francisco de Assis, por isso temos uma família Francisco, na Itália, na Espanha e em Portugal. Devotos destes santos, entre eles os nascidos nos dias em que eram celebrados os Santos chamados Francisco, assumiram para si este nome como sobrenome.
A nobre família França de Portugal descende de João de França, filho bastardo de João II, Duque de Alençon. João de França teria chegado a Portugal no reinado de Afonso V.
O brasão da família França portuguesa também é associado às famílias Franca e Francisco e é semelhante às armas dos condes e duques d'Alençon da casa de Valois. O Brasão dos França é em azul, semeado de flores-de-lis de ouro e uma banda de prata, como uma bordadura em vermelho, carregada de oito besantes de prata.
O brasão da família Franco foi dado a Bartolomeu Franco no século XVII, seu brasão é em verde com um castelo de prata sobre um penhasco, ondado no contrachefe.
A família Franqui é de origem italiana que se estabeleceu no Algarve, tal família passou a Portugal no reinado de D. João I, possivelmente é uma variação do sobrenome genovês Franchi. O brasão dos Franqui é em vermelho, com três coroas de oito florões de ouro, com o chefe de prata carregado com uma cruz em vermelho.

Brasão da Família Oliveira e Brasão da Família Oliva



O sobrenome Oliveira e sua variação Oliva vêm das terras ibéricas e trazem consigo muitas especulações de qual seria sua real origem, uns afirmam que o sobrenome Oliveira vem de cultivadores de oliveiras, que desde a Era Clássica tinha grande influência, pois o azeite de oliva era importantíssimo para as civilizações clássicas, o azeite manteve seu valor durante a Idade Média, por isso a ideia de que cultivadores usassem o sobrenome Oliveira para indicar seu ofício.
Já outra versão diz que os primeiros a usar o nome Oliveira foram judeus convertidos, na tentativa de não criar problemas com a Igreja, na verdade sabe-se que durante a época da inquisição católica, muitos judeus, na península ibérica adotaram nomes de arvores para ser seu sobrenome.
Após a diáspora judaica muitas famílias judias se fixaram na Península Ibérica, porém com o cristianismo as famílias continuaram sendo discriminadas, primeiro pelos romanos e depois pelos visigodos, mas quando os mouros dominaram a península as perseguições diminuíram, isso porque a religião islâmica permitia a liberdade de culto de cristãos e judeus, quando a península foi retomada pelos cristãos a tolerância em relação aos judeus se manteve por um período, em Portugal alguns judeus conquistaram lugares de prestigio na vida pública, mas isso desagradou a população cristã. Recebendo pressão tanto interna quanto externa, o governo português iniciou efetivamente ações contra o judaísmo em meados do século XV, enquanto na Espanha milhares de judeus eram mortos, muitos então foram buscar refúgio em Portugal, foi quando o monarca português D. João II instituiu uma taxa aos imigrantes judeus que só poderiam ficar no país por oito meses, caso não partissem seriam vendidos como escravos. 
O sucessor de D. João II libertou os escravos, porém D. Manuel I decretou a expulsão de todos os judeus de Portugal, só permaneceriam no país aqueles que se convertessem, para evitarem a perseguição dos cristãos velhos os judeus convertidos adotaram apelidos que lhes permitissem se passar por anônimos, teria Oliveira sido um destes.
Alguns acreditam até, que os membros da família Oliveira eram descendentes da tribo sacerdotal de Israel, os levitas, que são descendentes do personagem bíblico Levi, um dos filhos de Jacó, já que em hebraico Levi se escreve Lvi, letras presentes na palavra OLIVEIRA, tornando assim uma forma de manter sua origem.
O ramo nobre da família Oliveira provavelmente surgiu no atual Concelho de Póvoa de Lanhoso, onde João Peres de Oliveira fundou seu solar e mais tarde a família seria responsável por vários morgados. Já a família Oliva teria vindo de Navarra e se estabeleceu na cidade de Tavira, segundo a lenda, um homem chamado Lourenço d’Oliva matou um leão atravessando-lhe o peito com uma lança, tal feito teria causado admiração de todos, até o rei D. Sebastião lhe deu o brasão que retrata o ato de coragem.
A família Oliveira de Portugal começou a habitar o Brasil, praticamente, desde os primórdios de sua história como colônia portuguesa, na verdade grande parte dos cristãos novos, como eram chamados os judeus convertidos ao catolicismo, imigraram para o Brasil nesse período. Esse sobrenome tem muitas variações, tais como Oliva, Olival, Olivera, Oliver, Olivares entre outras, algumas destas são espanholas e bem populares nos países hispânicos.