Alguns
devotos creem que São Tiago, conhecido como Santiago o Maior, o primeiro
apostolo de Jesus a ser martirizado, teria visitado a Hispânia, após o
pentecostes, na tentativa de evangelizar os pagãos, sem sucesso ele voltou a
Judeia onde foi decapitado a mando do rei judeu Herodes Agripa I.
Após
o início da chamada reconquista cristã da Península Ibérica, em uma batalha
contra os mouros em Clavijo, na Espanha, Santiago teria aparecido
miraculosamente e ajudou a decidir a vitória em favor dos cristãos, dai o santo
passou a ser conhecido como Santiago Matamouros, a história do milagre de um
santo que lutava junto com os cristãos se espalhou pela Península Ibérica e
ajudou a estimular os cavaleiros cristãos a lutarem contra os mouros crendo na
proteção divina de Santiago.
Santiago
era tido como o protetor do exército também pelos portugueses, até a invasão castelhana
no século XIV, onde o Santo foi trocado por São Jorge.
O
sobrenome Matamouros surgiu na devoção a Santiago, onde muitos devotos
assumiram este sobrenome na Espanha, além disso, existem algumas
regiões na Ibéria com esse nome o que também pode ter ajudado a adoção do nome
por famílias que habitavam estas regiões.
O
sobrenome teria passado da Espanha para Portugal por meio de Juan Mancebo
Furtado de Matamouros, que participou nas Guerras da Flandres e na Batalha de
Lepanto junto a Liga Santa, após isso ele ingressou no exército português, onde
participou da Batalha de Alcântara.
O
brasão dos Matamouros é esquartelado, com o primeiro em vermelho com um braço
nu empunhando uma espada de prata; o segundo é em azul com três cabeças de
mouro cortadas e ensanguentadas; o terceiro é em vermelho com uma cabeça de rei
mouro; e o quarto é de prata com três bandeiras em vermelho.
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