O
sobrenome Cavalcanti e sua comum variação Cavalcante vêm da palavra italiana
cavalcati, que significa montado de montado a cavalo, em um sentido mais amplo
cavalgador (cavalcato), dessa forma o nome está relacionado a uma atividade ou
profissão, como cavalgar ou cavaleiro.
Acredita-se
que o sobrenome foi adotado por uma família de nobres comerciantes muito ricos
da província de Florença, oriundos da comuna de Fiesole, donos dos castelos de
Stinche, de Montecalvi e o castelo de Ostino e Luco. Os Cavalcantes ocuparam um
lugar importante na política e na economia de Florença, sendo atuantes na luta
dos “guelfos” contra “gibelinos” no século XIII, apoiando os “guelfos”, que
eram partidários do Papado, enquanto os gibelinos apoiavam o império. As
cidades guelfas e gibelinas fizeram alianças e na segunda metade do século
XIII, Florença enfrentou uma aliança gibelina, nesse período houve um grande
êxodo da família Cavalcanti, mas os guelfos conseguiram se reapoderar de
Florença e muitos retornaram, os guelfos que agora dominavam a cidade se
dividiram em dois partidos, os guelfos brancos e os guelfos negros, estes
guardavam modestamente idéias dos gibelinos, a família Cavalcanti se aliou ao
partido dos “brancos”, em 1300 os partidos branco e negro entraram em conflito,
os negros apoiados pelo Papa Bonifácio VIII massacraram os brancos, nesse período
a família Cavalcanti é perseguida e suas posses destruídas, novamente muitos
abandonam Florença e alguns dos que ficaram passam a usar outras alcunhas para
esconder seu parentesco com a família Cavalcanti.
Quando
os Médici começaram a ter influência sobre Florença a família Cavalcanti
aproveitou a ocasião para recuperar seu poder.
As
convicções políticas da família Cavalcante fizeram com que ela se espalhasse
pela Itália, chegasse a Portugal e ser uma das primeiras famílias italianas a
se fixar no Brasil, gerando até linhagens nobres no Império Brasileiro, como a
dos Cavalcanti e Albuquerque do estado de Pernambuco, nela está o visconde de
Camarajibe, Pedro Francisco de Paula Cavalcanti e Albuquerque; o barão de
Muribeca, Manuel Francisco de Paula Cavalcanti ; o visconde de Albuquerque,
Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque; e o visconde
com grandeza de Suaçuna, Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque.
Acima
o brasão dos Cavalcanti com um campo vermelho e prata dividido por uma asna
azul, a parte de cima de vermelho semeada com flores de prata. O timbre é um hipogrifo rampante castanho entre chamas, por vezes representado em prata.