sexta-feira, 29 de maio de 2015

Brasão da Família Cunha

O sobrenome Cunha é mais antigo que o Reino de Portugal, ele teria surgido entre os séculos XII e XIII nos reinos de Leão e Castela, na região que depois se tornaria Portugal e coleciona várias possíveis origens para o apelido.
Os antepassados da família Cunha teriam vindo da Gasconha, uma região no sudoeste da França, e viria de Gasconha o nome Cunha. 
Um cavaleiro gascão chamado D. Guterres acompanhou o conde D. Henrique da Borgonha para ajudar o rei Afonso VI de Leão a conquistar o Reino da Galiza.
D. Guterres foi o pai de D. Paio Guterres da Cunha, do qual decorrem outras origens para o apelido Cunha. Teria D. Paio Guterres da Cunha, juntamente com o primeiro rei português D. Afonso Henriques, participado da tomada de Lisboa em 1147, e usando cunhas de ferro ele conseguiu quebrar a porta da cidade, outros dizem que ele conseguiu romper a porta que estava segura com cunhas de ferro, e ainda outra versão diz que D. Paio Guterres da Cunha usou cunhas para manter a bandeira do rei português de pé sobre uma das torres conquistadas, a bandeira já quase estava caindo por causa do vento, foi quando D. Paio enfrentou uma chuva de flechas para manter o estandarte erguido, nesse momento que o rei gritou "A cunha, a cunha!", dai viria o apelido.
O primeiro filho de D. Paio Guterres da Cunha chamado de Fernão Pais da Cunha foi o fundador da Quinta de Cunha-a-Velha, próxima a Guimarães, há quem diga que foi daí que veio o sobrenome Cunha, a Quinta de Cunha-a-Velha pode ter recebido tal apelido por causa das montanhas em forma de cunha que existem próximas a ela.
O brasão mais comum dos Cunhas encontra-se acima, com um campo de ouro com nove cunhas azuis, o timbre é um grifo de ouro com asas azuis, sendo que a parte de ouro coberta com cunhas azuis e as asas com cunhas de ouro. Abaixo outros brasões da família Cunha.

Brasão da Família Neves

O sobrenome Neves é de origem religiosa, surgindo a partir do costume medieval de apelidar os nascidos no dia de Nossa Senhora das Neves (cinco de agosto) ou os devotos dela com a alcunha “das Neves”, tal costume partia da crença que a pessoa que levasse o nome do santo do dia em que nasce receberia sua proteção por toda vida.
Nossa Senhora das Neves, também chamada de Santa Maria Maior, ganhou o título de “das Neves” por causa de uma antiga lenda romana que dizia que no ano 352 um casal que não tinha filhos resolveu dedicar sua fortuna a Santa Maria, que lhes apareceu em sonho no dia 5 de agosto, dizendo que eles deviam construir um templo no monte que amanhecesse nevado, o que seria impossível, já que os meses mais quentes em Roma são julho e agosto, porém miraculosamente o monte Esquilino amanheceu coberto de neve, indicando que ali deveria ser erguida uma igreja. O templo foi chamado de Basílica Liberiana, em homenagem ao papa Libério que teve a mesma visão que o casal, mais tarde seria chamada de Basílica de Santa Maria Maior.
A lenda de Nossa Senhora das Neves se tornou muito popular entre os séculos XIV e XV e a Basílica de Santa Maria Maior foi colocada entre as sete igrejas de peregrinação de Roma, já que abriga a manjedoura onde teria sido colocado o Menino Jesus após seu nascimento, o que só alimentou a popularidade do nome Neves, que foi colocado em várias regiões em Portugal e Espanha.
Acima o brasão da família Neves portuguesa, em azul com dois patos de prata.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Brasão da Família Mota

O sobrenome Mota (ou Motta) é toponímico, logo as pessoas vindas de um lugar chamado Mota adotaram o apelido, o nome Mota vem das antigas línguas germânicas e significa reduto fortificado, pois era chamado de Mota os lugares onde eram construídas as fortalezas, uma vez que mota também tinha o sentido de monte e era sobre tais montes que eram construídos os castelos.
Existem famílias Mota na Espanha, Itália e Portugal, sendo que os Motas portugueses dizem descender de Rui Gomes de Gondar, que viveu durante o reinado de Afonso II de Portugal, e morou em um lugar chamado Mota no antigo concelho de Gestaço, na atual freguesia da Madalena no concelho de Amarante, ou mais ao norte em Celorico de Basto, onde Rui Gomes de Gondar fundou a Quinta da Motta.
Rui Gomes de Gondar Mota era descendente do cavaleiro D. Mendo de Gundar, que havia vindo de Astúrias para servir o conde Henrique de Borgonha.
O primeiro brasão acima (em verde com cinco flores-de-lis) pertence aos Mottas de Portugal, já o segundo foi dado ao Doutor Jerônimo da Motta pelos seus muitos serviços prestados ao rei D. João III.

Brasão da Família Caldeira

A família Caldeira descende de Gonçalo Rodrigues Caldeira, este teria sido um militar português nomeado capitão pelo rei D. João I.
Gonçalo Rodrigues Caldeira participou da Batalha de Aljubarrota em 1385, no qual o exército português, que era liderado pelo rei D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, de quem Gonçalo Rodrigues Caldeira era muito amigo, junto com os aliados ingleses lutaram contra o exército castelhano. A batalha terminou com a vitória dos portugueses, o rei castelhano D. João de Castela vendo que a batalha estava perdida, ordenou a retirada das tropas que desordenadas foram dizimadas pela cavalaria portuguesa. Gonçalo Rodrigues Caldeira tomou os tesouros que as tropas castelhanas traziam consigo, além de objetos sacros, Gonçalo trouxe uma caldeira de cobre em forma de tacho de aproximadamente um metro e vinte por um metro de altura, no qual os autores dizem que se podia cozinhar até três bois dentro, tal caldeira foi enviada pelo rei D. João I para Real Abadia de Alcobaça e se manteve lá até 1833, quando foi saqueada pela população, já que a abadia tinha sido abandonada durante a Guerra Civil Portuguesa.
Teria Gonçalo recebido o apelido Caldeira por te levantado à imensa caldeira ao ar, o rei D. João I grato pelos serviços de seu capitão pediu que ele adotasse o sobrenome Caldeira.
Há quem diga que o sobrenome Caldeira exista desde antes da batalha de Aljubarrota e estaria relacionado a algum ofício em que as pessoas estavam envolvidas com caldeiras.
O brasão da família Caldeira é em azul com duas flores-de-lis de ouro e com uma banda de prata com três caldeiras negras com as bocas de ouro. O timbre é um braço armado de prata com uma caldeira, ou uma caldeira com uma flor-de-lis no aro, ou também dois braços vestidos de azul segurando uma caldeira.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Brasão da Família Faria

Faria e sua variação Farias surgiram em Portugal e são toponímicos de uma região em Barcelos, pessoas vindas da freguesia de Faria adotaram o nome do lugar como sobrenome.
O nome Faria não tem um significado exato, porém pode vir do árabe e significar "alto, imponente ou bonito", o que se pode ligar ao Castelo de Faria, uma antiga construção no alto de uma elevação que foi ocupada por muçulmanos e depois dominada por cristãos durante a Reconquista Cristã, teria nascido neste lugar o ramo nobre dos Farias. Destes pode-se destacar D. Nuno Gonçalves de Faria, alcaide-mor do Castelo de Faria no reinado de Fernando I de Portugal.
Durante as guerras fernandinas, D. Nuno Gonçalves de Faria junto com seu destacamento saiu de Barcelos para lutar contra as tropas castelhanas que avançavam em direção a Lisboa. Ainda próximo a Barcelos, as tropas comandadas por D. Nuno Gonçalves de Faria caíram e ele foi levado prisioneiro, D. Nuno com medo de que sua vida fosse usada como moeda de troca para a rendição do Castelo de Faria, arquitetou um plano, ele pediu aos castelhanos que o levassem para o castelo e lá convenceria seu filho, D. Gonçalo Nunes, a entregar a fortaleza para as tropas inimigas, porém quando D. Nuno foi colocado diante do Castelo de Faria ele pediu ao filho que resistisse, e se Gonçalo Nunes entregasse o castelo ele seria amaldiçoado, os castelhanos vendo que tinham sido enganados mataram D. Nuno ali mesmo, diante de seu filho e dos habitantes do castelo, o que fez com que eles resistissem bravamente.
O Castelo de Faria não foi tomado, e após o fim da invasão de Castela, Gonçalo Nunes se tornou padre e transformou o castelo em um mosteiro. Gonçalo Nunes também participou da descoberta do caminho marítimo para a Índia, sendo capitão de uma das naus de Vasco da Gama.

Brasão da Família Silveira

Silveira é um sobrenome toponímico português, no qual pessoas que adotaram o apelido vinham de lugares em Assumar ou da Vila de Redondo que eram chamados de Silveira.
Há quem aponte como o mais antigo Silveira um nobre da Vila de Redondo que viveu no século XIV, seu nome era Gonçalo Vasques da Silveira, já outros dizem que os Silveiras descendem dos Pestanas de  Assumar. Houve também D. João Fernandes da Silveira o primeiro barão de Alvito, filho do Doutor Fernando Afonso Silveira que era descendente do rei Afonso III.
O nome Silveira vem do latim silva, que indica que algo é da selva ou das florestas, em Portugal tal palavra era usada para designar a amoreira-silvestre, um arbusto cujo fruto é a amora, logo Silveira era o nome de um lugar com muitas silvas (amoreiras silvestres).
O brasão dos Silveiras é em prata com três faixas vermelhas, seu timbre é um urso branco armado de vermelho, saindo de uma coroa de silvas.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Brasão da Família Vieira

Vieira é um sobrenome português de origem toponímica, ou seja, pessoas vindas de regiões chamadas Vieira usavam este apelido, sendo adotado por diversas famílias vindas de Vieira do Minho ou de Vieira de Leiria.
O nome Vieira vem do nome de um molusco com a concha em formato de leque que é encontrado nas águas do norte.
Segundo uma lenda portuguesa o apelido Vieira foi usado ainda no tempo dos romanos, sendo usado por Caio Carpo, um cavaleiro de Maia que estava cavalgando na praia em Matosinhos, quando de longe viu um barco que ia para o norte, de repente seu cavalo partiu em direção ao mar e mergulhou junto com o cavaleiro, emergindo só próximo ao barco, Caio e seu cavalo estavam cobertos de vieiras e ele olhando para a tripulação perguntou qual o motivo da viagem, foi então que lhe disseram que estavam indo para Espanha levando o corpo de um dos discípulos de Cristo, chamado de Tiago que havia pregado por lá. Os tripulantes admirados com o que aconteceu com Caio e seu cavalo disseram que ele era um escolhido de Cristo.
Caio Carpo se converteu e todos que estavam na praia que viram o acontecido também se converteram, as vieiras se tornaram símbolo de São Tiago Apóstolo o Maior, que mais tarde seria chamado de Santiago Mata-Mouros por ter ajudado miraculosamente na Reconquista Cristã e seria o padroeiro do exército português até o século XIV.
Há quem diga que alguns Vieiras descendem de Arnaldo Eris de Baião, um guerreiro alemão que chegou ao Porto no século X para lutar contra os mouros e recebeu terras do rei de Castela. Outros citam Rui Vieira, um nobre dos tempos de D. Afonso II.
O brasão dos Vieiras é em vermelho com seis vieiras de ouro, o timbre é uma vieira entre dois bastões de Santiago( um bastão usado por peregrinos que iam visitar a tumba de Santiago em Compostela) atados por um fio de prata, por vezes também representado por uma aspa em vermelho, carregada com cinco ou três vieiras.

Brasão da Família Ramos

O sobrenome Ramos surgiu na referência ao Domingo de Ramos, que é celebrado no domingo antes da Páscoa e comemora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, o que marca o início da Paixão de Cristo. Segundo os evangelhos e a tradição cristã, Jesus chegou a Jerusalém montado em um jumento, o povo que havia ouvido falar dos milagres de Cristo, inclusive da ressurreição de Lázaro, esperava por Jesus ansiosamente e ao vê-lo todos o saudaram cantando salmos, com ramos de palmeiras e cobrindo caminho com suas vestes para cristo passar.
Na tradição católica o Domingo de Ramos é celebrado com uma procissão em que os fiéis levam ramos, tal procissão tem o objetivo de lembrar a vida e o sacrifício de Jesus dando início a Semana Santa.
Os nascidos nesse dia levavam o apelido Ramos, um costume medieval em que a criança ganhava o apelido com o nome do santo ou do evento religioso celebrado no dia de seu nascimento, como ocorreu com o sobrenome Reis que é uma referência ao Dia de Reis.
O sobrenome Ramos surgiu na Península Ibérica e por ser de origem religiosa é provável que as famílias Ramos não tivessem laço sanguíneo entre si.
O brasão dos Ramos de Portugal é esquartelado com o primeiro e o quarto de ouro com um leão em vermelho; o segundo e o terceiro de vermelho com um castelo de prata em chamas que saem do alto, da porta e das janelas; e com uma bordadura de prata e de vermelho, com oito peças com um leão em cada uma.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Brasão da Família Nogueira

Nogueira é o nome de uma árvore cujo fruto é a noz, na Era Clássica a nogueira era consagrada ao deus Júpiter. O sobrenome surgiu na alusão de um lugar onde havia nogueiras, acredita-se que o sobrenome surgiu em referência a Torre de Nogueira próxima ao Minho, onde D. Mendo Paes Nogueira teve um solar na região e descenderia dele a família Nogueira.
D. Mendo Paes Nogueira foi senhor da Torre de Nogueira nos dias do Conde D. Henrique, seria ele sobrinho do cavaleiro templário Dom Mendo Nogueira, que ganhou o brasão de armas dos Nogueiras através da luta contra os mouros que ameaçavam o Condado de Portucale. Mais tarde os Nogueiras fundariam o morgado de São Lourenço e se tornariam os alcaides de Lisboa.

Brasão da Família Pires

O sobrenome Pires ou Peres surgiu na Espanha e era um apelido dado aos filhos de homens chamados de Pedro ou Pero, o nome Pedro traduz-se como pedra ou rochedo, desta forma Pires significa filho da rocha.
Por ser um sobrenome patronímico muitas famílias adotaram o sobrenome Pires mesmo não havendo nenhum laço de sangue. Um dos Peres mais antigos conhecido foi Vímara Peres, que no século IX foi enviado para reconquistar o Vale do Douro, que havia sido tomado por muçulmanos. Vímara Peres conseguiu tomar várias cidades na região entre os rios Minho e Douro, entre elas Portus Cale (Cidade do Porto) e se tornou o primeiro conde de Portucale, no século XII o Condado de Portucale se tornaria o Reino de Portugal.

domingo, 24 de maio de 2015

Brasão da Família Peixoto

O sobrenome português Peixoto foi usado primeiramente por Gomes Viegas de Portocarreiro, este teria sido embaixador de Portugal na França e era leal a D. Afonso III, que na época era conde da Bolonha. Teria Gomes Viegas de Portocarreiro ajudado a D. Afonso III a tomar o trono português, já que o rei Sancho II havia entrado em conflito com a Igreja e foi deposto pelo Papa Inocêncio IV.
Gomes Viegas de Portocarreiro, que se tornaria conselheiro do rei, ganhou o apelido Peixoto do próprio D. Afonso III, por ter entregado ao conde da Bolonha uma truta enviada por Fernão Rodrigues Pacheco que era fiel ao antigo rei D. Sancho II. 
Fernão Rodrigues Pacheco era alcaide-mor do Castelo de Celorico da Beira, segundo a lenda o castelo estava quase sucumbindo ao cerco de D. Afonso III, pois quase já não havia mais mantimentos na fortaleza, foi quando surgiu um corvo-marinho (ou águia em algumas versões) com um peixe grande e o deixou cair dentro das muralhas do castelo, Fernão Pacheco então mandou preparar o peixe e enviar ao conde da Bolonha em sinal de que havia abundancia de comida dentro da fortaleza, o que fez com que Afonso III desistisse do cerco libertando Celorico.
Gomes Viegas de Portocarreiro ficou conhecido como Peixão, por ter entregue o peixe em Celorico, e depois como Peixoto, que significa “peixe pequeno”. 
Acima os brasões da família Peixoto, o primeiro com um corvo-marinho com um peixe no bico como timbre o segundo com um delfim com um peixe na boca.

Brasão da Família Resende

O sobrenome Resende surgiu em referência ao concelho português de Resende, não se sabe ao certo quem deu o nome a estas terras, porém acredita-se que tenha vindo do nome de D. Rausendo Herminges (ou Rosendo Hermigiz), bisneto do rei Ramiro II de Leão, que conquistou esta região em 1030.
O nome Resende vem do visigótico Rudesind e significa "caminho da fama". O primeiro a usar Resende como sobrenome foi D. Martim Afonso de Baião, senhor das terras de Resende, este era descendente de Egas Moniz, que foi aio de D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal.

Brasão da Família Aragão

O sobrenome português Aragão vem do nome da Casa Real de Aragão e teria chegado a Portugal com D. Pedro de Aragão, filho ilegítimo do rei Pedro III de Aragão.
D. Pedro de Aragão teria vindo a Portugal junto com sua meia-irmã a rainha Isabel de Aragão, que havia se casado com o rei português D. Dinis I de Portugal. Há quem diga que a família Aragão descende da própria rainha Isabel de Aragão ou das pessoas de sua comitiva.
O nome Aragão vem do nome dos rios Aragão e Aragão Subordan, nos Pirineus, no norte da Espanha e não tem um significado definido, podendo vir do celta ou do latim e até mesmo da mistura das duas línguas, significando “vale fluvial ou rio, grande ou importante ou também pico da montanha”.
Acima o brasão da família Aragão portuguesa que é idêntico às armas da Casa Real de Aragão, o timbre é um touro em vermelho com um sino de ouro preso por uma fita, por vezes representado também por um touro purpura armado e lampassado de vermelho.

sábado, 23 de maio de 2015

Brasão da Família Antunes

O sobrenome Antunes é patronímico de Antônio, ou seja, o filho de alguém chamado Antônio levava a alcunha Antunes. Seria Simão Antunes, um nobre de Vila Viçosa, o primeiro a usar o Antunes como sobrenome, esse foi Mestre de Campo (oficial superior) e Comendador da Ordem de Cristo, ele teria recebido estes títulos por ter participado na Guerra da Devolução, também chamada de Guerras da Flandres, a favor da Espanha e contra a França.
O nome Antônio vem do latim Antonius e não tem um significado específico, porém a cultura popular sugere que signifique “de valor inestimável”, logo Antunes significaria “o filho de quem é precioso”.

Brasão da Família Moura

O sobrenome português Moura surge envolto a lenda da Moura Salúquia, teria sido Salúquia uma princesa muçulmana da cidade de Al-Manijah, a princesa estava noiva de Bráfama, governador de Aroche. Bráfama estava indo para seu casamento em Al-Manijah, quando foi emboscado pelos irmãos Pedro e Álvaro Rodrigues, estes haviam sido encarregados de conquistar Al-Manijah pelo rei D. Afonso Henriques.
Os irmãos mataram Bráfama e disfarçaram suas tropas como muçulmanos. Salúquia do topo de uma torre viu a comitiva de cavaleiros que pareciam islâmicos e então pediu para abrir às portas da cidade, quando ela viu que tinha sido enganada e que seu amado havia morrido, a princesa se jogou do alto da torre. Os irmãos Pedro e Álvaro Rodrigues ao verem o sacrifício da princesa moura Salúquia, mudaram o nome da cidade de Al-Manijah para Terra da Moura e depois para Moura.
Teriam sido Pedro Rodrigues e Álvaro Rodrigues senhores de terras em Moura e os primeiros a usar o sobrenome Moura.
O nome Moura vem do latim Maurus que é relativo ao povo da Mauritânia, na Idade Média passou a nominar os berberes e árabes vindos do Norte da África que invadiram a Península Ibérica.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Brasão da Família Jesus

O sobrenome Jesus surgiu na Espanha e de lá chegou a Portugal e ao Brasil, ele é uma referência a Jesus de Nazaré, o Messias de acordo com o cristianismo. O nome Jesus vem do aramaico ישוע‎ (Yeshua) que significa “Jeová é a salvação”.
Era comum na Idade Média as pessoas usarem alcunhas relacionadas a figuras religiosas por causa da crença que seriam beneficiados ou receberiam alguma graça por levar um nome que lhes atestasse serem fiéis a cristandade.

Brasão da Família Melo

A família portuguesa Melo surgiu na antiga Vila de Melo, o nome Melo vem da palavra melro que é o nome de uma ave. Seria Mem Soares de Melo o primeiro a usar o sobrenome, ele era neto de Egas Gomes Barroso (patriarca da família Barroso).
Mem Soares de Melo foi o primeiro Senhor de Melo, Governador da cidade de Gouveia e comandante do exército do rei D. Afonso III de Portugal, participando da tomada da cidade de Faro.

Brasão da Família Viana

O sobrenome Viana ou Vianna é toponímico de uma região chamada de Viana próxima à foz do rio Lima, desta forma pessoas vindas desta região usavam o apelido Viana.
Diz à lenda que na atual Viana do Castelo havia uma bela moça chamada Ana que morava em um castelo e de vez em quando ela surgia nas janelas da fortaleza, um rapaz que morava no outro lado do rio Lima se apaixonou pela moça que raramente aparecia por ser muito tímida. Quando o rapaz conseguia ver sua amada, ele saía feliz gritando “Vi a Ana! Vi Ana!” até voltar para sua casa, foram tantas as vezes que ele fez isso que o lugar passou a se chamar Viana.
No Brasil, o intendente-geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil, Paulo Fernandes Viana acompanhou a comitiva do príncipe regente Dom João de Portugal que mudou sua corte para o Rio de Janeiro. Paulo Fernandes Viana era de uma família rica carioca e ele seria o pai da futura Duquesa de Caxias.
Paulo Fernandes Viana também foi responsável por trazer famílias de imigrantes dos Açores para o estado do Espírito Santo e inaugurou o ciclo da imigração europeia para o estado, mais tarde a cidade onde foram instalados os açorianos recebeu o nome de Viana. 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Brasão da Família Teixeira

A família portuguesa e galega Teixeira tem seu nome derivado da palavra teixo, uma árvore cuja madeira era usada na produção de flechas e arcos durante a Idade Média, logo Teixeira seria um lugar com muitos teixos. O patriarca da família Teixeira de Portugal teria sido D. Hermígio Mendes de Teixeira senhor do Concelho de Teixeira.

Brasão da Família Porto

Existem famílias Porto na Itália e em Portugal, a família italiana surgiu em Piemonte, há quem diga que membros desta família estiveram envolvidos com os Valdenses, um grupo cristão que defendia a renúncia ao acumulo de bens e o direito dos fiéis ter acesso à bíblia em sua própria língua, com a inquisição os alguns Valdenses fugiram para Suíça e Alemanha.
A família Porto portuguesa é toponímica da região do Porto no noroeste de Portugal, ou seja, pessoas vindas do Porto recebiam este apelido. Foi do nome antigo da cidade do Porto, chamada de Portus Cale, que surgiu o nome Portugal.
O brasão da família Porto portuguesa é em prata com uma cruz florida em vermelho.

Brasão da Família Novais

O sobrenome português Novais ou Novaes vem do sobrenome espanhol Novalles, tais apelidos tem origem no latim Novalis , que significa terra não arada, ou arada pela primeira vez ou também terra em repouso.
O sobrenome Novais surgiu na Galícia e chegou a Portugal no período de sua fundação, pois foi nos dias de do conde D. Henrique de Borgonha, pai do primeiro rei português, que Afonso Fernandes de Novaes fundou um solar próximo a Guimarães, seu neto Vasco Fernandes de Novais ajudaria na tomada de Lisboa em 1147. Apesar dos Novais estarem em Portugal desde a fundação do reino português, há quem diga que o patriarca dos Novais portugueses é D. Pedro Novaes, que foi alcaide do Castelo de Cerveira no reinado de D. Sancho II.
Acima o brasão dos Novais de Portugal com um campo azul e cinco novelos de prata.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Brasão da Família Barros e Brasão da Família Haro

Barros é um sobrenome português e galego e é toponímico, provavelmente surgiu no antigo Concelho de Regalados, no Norte de Portugal, onde a família tinha um solar.
O Solar dos Barros pode ter ganhado esse nome por ser um local de extração de barro ou ter sido um lugar onde as pessoas trabalhavam com barro, produzindo telhas, tijolos ou cerâmicas. Outra versão diz que Barros veio do nome castelhano Haro, a família Haro era uma antiga família nobre do Reino de Castela e foi titular do Senhorio de Biscaia, seu brasão foi dado a Diego Lopes I de Haro pela sua participação na Tomada de Baeza.

Brasão da Família Fernandes

O sobrenome Fernandes surgiu na Península Ibérica e é patronímico de Fernando, os filhos de alguém chamado Fernando eram chamados de Fernandes. O nome Fernando vem do gótico Ferdinand que não tem um significado definido, mas pode vir de frith que significa "proteção", ou de Frid "paz" ou Fard "viagem", juntamente com nanth que significa "com coragem" ou "preparado", desta forma Fernando pode significar preparado para viajar, ousado para atingir a paz ou protetor.
Acima os brasões da família Fernandes de Portugal, o primeiro de azul, com uma torre de ouro com seis bombardas em negro, pertenceu a Jerónimo Martins Fernandes. O segundo brasão foi dado a Diogo Fernandes Correia, feitor do rei português D. João II, pelos serviços prestados ao imperador Maximiliano I do Sacro Império, também foi usado por José Gabriel Fernandes. No século XV a França e o Sacro Império entraram em guerra, logo os Reis Católicos da Espanha se aliaram ao rei francês, o que fez o rei português D. João II estreitar suas relações com o imperador Maximiliano I, devido à rivalidade entre portugueses e castelhanos, Diogo Fernandes Correia passaria a ser o intermediário entre Portugal e o Sacro Império, negociando acordos comerciais entre os dois países.
O brasão de Diogo Fernandes Correia foi adotado por muitos Fernandes, mesmo que tais famílias não tivessem nenhuma relação com ele, o que tornou tal brasão mais comum.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Brasão da Família Rocha

O sobrenome Rocha significa literalmente rocha e é de origem toponímica, indicando que quem usava este apelido tinha vindo de um local com rochas. Há quem diga que o sobrenome surgiu na França na forma de Roche e chegou a Portugal através de um cavaleiro francês ou flamengo que ajudou o rei D. Afonso III a conquistar terras na região do Algarve, tal cavaleiro recebeu terras do rei e seus descendentes passaram a usar o nome Rocha.
Outra família Roche a chegar a Portugal é de origem Irlandesa, chegou através de um cavaleiro de Fermoy que ajudou o rei D. João I de Portugal na guerra contra Castela, tal cavaleiro foi o pai de D. Gomes da Rocha, senhor de alguns lugares entre Douro e o Minho e que quando ficou viúvo se tornou o abade comendatário de Santa Maria de Pombeiro, na freguesia de Pombeiro de Ribavizela e depois bispo de Trípoli.

Brasão da Família Alves e da Família Alvares

O sobrenome Alves também chamado de Alvares é patronímico e está relacionado ao nome Álvaro, os filhos de homens chamados Álvaro adotaram Alves, desta forma existem várias famílias Alves sem nenhum laço de sangue entre si.
O nome Álvaro é de origem nórdica e chegou a Península Ibérica através dos Visigodos, não se sabe ao certo seu significado, porém o mais aceito é que venha das antigas línguas germânicas adaptado no visigótico Alewar, sendo Al tudo e War protetor ou guardião, logo Álvaro significa aquele que tudo protege ou aquele que a todos guarda e Alves significaria o filho do protetor de todos ou de tudo.
O brasão representado acima pertence aos Alves e aos Alvares, que dividem o mesmo brasão no armorial lusitano.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Brasão da Família Cardoso e Brasão da Família Cardim

Os sobrenomes portugueses Cardoso e Cardim estão relacionados à palavra cardo, que é uma planta encontrada na Península Ibérica e é usada na fabricação de queijos pela sua atividade coagulante.
Cardoso é toponímico e indica que quem usava este apelido tinha vindo de uma região com muitos cardos, tal sobrenome provavelmente surgiu na cidade de Lamego no século XII e mais tarde a família recebeu um morgado em São Martinho de Mouros.
O sobrenome Cardim foi usado por Roberto Cardim, que fazia parte da comitiva da princesa inglesa Filipa de Lencastre, casada com o rei D. João I em 1387.

Brasão da Família Almeida

O sobrenome português Almeida é toponímico e surgiu em referência ao Castelo de Almeida, próximo à fronteira da Espanha e Portugal, tal lugar pertenceu aos romanos, aos Suevos, aos Visigodos e depois aos Muçulmanos, estes últimos  construíram um castelo e lhe deram o nome Almeida que vem do árabe e provavelmente significa planície, mas existem outras interpretações para o nome.
O Castelo foi conquistado pelo cavaleiro de origem hispânica Payo Paes Guterres que recebeu do rei português D. Sancho I o título de Senhor do Castelo de Almeida, os descendentes de Payo Paes Guterres adotaram Almeida como sobrenome.

domingo, 17 de maio de 2015

Brasão da Família Vasconcelos

Vasconcelos ou Vasconcellos é um sobrenome português de origem toponímica e pode ser considerado um diminutivo de Vasconço, termo relacionado ao País Basco.
O sobrenome surgiu no século XIII, quando foi construída a Torre de Vasconcelos na freguesia de Ferreiros, concelho de Amares, em Portugal. Vasconcelos teria surgido como um feudo na freguesia de Ferreiros nas inquirições do rei Afonso III de Portugal, a região pertencia ao cavaleiro João Peres de Vasconcelos e seus filhos se encarregaram de fundar a Torre de Vasconcelos.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Brasão da Família Rheinberg (Rheinberg Familienwappen)

O sobrenome Rheinberg é toponímico e está relacionado às diversas regiões chamadas de Rheinberg, apesar do sobrenome significar literalmente montanha do Reno em alemão, a palavra Berg no sobrenome pode ter origem na palavra Berke ou Berka, que pode vir do celta e significar povoação da água ou vir de Birke que significa Bétula.
Ao lado o brasão da família Rheinberg da Renânia.

Brasão da Família Agostinelli (Stemma della famiglia Agostinelli)

Agostinelli é um sobrenome típico da Itália Central e de Benevento, ele é patronímico e está relacionado ao nome latino Augustus que significa consagrado, desta forma os filhos de alguém chamado Augustus adotaram o nome Agostinelli.
Augustus era um título usado pelos imperadores romanos e que denominou o mês de agosto, há quem diga que os nascidos neste mês eram batizados com o nome de Augusto.

Brasão da Família Bertolon

O sobrenome francês Bertolon provavelmente é patronímico e surgiu na região de Ródano-Alpes, ele está relacionado ao nome Berthe ou Berthold, que são de origem germânica e significam brilhante, ou do nome Barthélémy, que é a versão francesa do nome Bartolomeu que significa filho de Tholmai, em um sentido mais direto filho de quem suspende as águas.
Ao lado o brasão da família Bertolon de Lionês na França.

Brasão da Família Zorzan ou Zorzi (Stemma della famiglia Zorzan)

A família veneziana Zorzan ou Zorzi tem origem no nome Giorgio, que pelo costume de Vêneto de se trocar o G pelo Z gerou o sobrenome Zorzi e suas variações Zorza, Zorzan, Zorzini, dentre outras. O nome Giorgio vem do latim Georgius adaptado do grego e significa trabalhador da terra ou agricultor.
Zorzan é patronímico, ou seja, alguém chamado Giorgio passou o apelido aos descendentes. Há quem diga que o ramo nobre da família descende de nobres da Morávia que teriam chegado à Itália ainda durante o governo do imperador romano Flávio Honório no século V, quando adquiriram várias propriedades e mais tarde ajudaram a fundar a cidade de Veneza, mas os documentos mais antigos referentes à família Zorzi datam do século X.
Os Zorzan tiveram vários brasões durante sua história, porém a família passou a usar apenas um com um campo de prata e uma faixa em vermelho, que faz menção as armas de um cavaleiro da família Zorzi que ajudou na conquista da ilha de Korčula no mar Adriático, a prata representa o linho branco do estandarte e o vermelho representa o sangue da batalha que manchou o estandarte.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Brasão da Família Guttenberg (Guttenberg Familienwappen)

O sobrenome alemão Guttenberg, Gutenberg ou Gutemberg surgiu na Francônia no norte do estado da Baviera, o sobrenome é uma referência ao Castelo de Guttenberg que emprestou seu nome para cidade de Guttenberg onde o castelo está situado. A família aristocrática Guttenberg tem sua sede no Castelo de Guttenberg e ainda controla grande parte das terras da região.
O nome Guttenberg vem alto-alemão antigo guot, que significa bom, e Berg, montanha ou colina. As menções mais antigas do nome datam do século XII e a alcunha foi usada no século XIV por Heinrich von Blassenberg que mudou seu nome para von Guttenberg, a família passou a ser vassala do visconde de Nuremberg e dos bispados de Würzburg e Bamberg.
Acima o brasão do Freiherr ou Barão de Guttenberg, a rosa de ouro sobre um campo azul é o símbolo da família Guttenberg inclusive o brasão da cidade de Guttenberg é inspirado no símbolo da família, por vezes a rosa de ouro é apresentada com detalhes em prata.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Brasão da Família Bruno ou Bruni (Stemma della famiglia Bruno)

O sobrenome Bruno existe na Espanha, França, Itália e Alemanha, ele vem do nome próprio Bruno que tem origem na palavra Brun existente em várias línguas germânicas e que significa moreno ou castanho, Brun procede da palavra germânica brūnaz que influenciou o latim brunneus que significa marrom, desta forma Bruno traduz-se por aquele é moreno ou que tem o cabelo marrom.
O sobrenome Bruno e sua variação italiana, Bruni, são provavelmente de origem batismal, ou seja, alguém chamado Bruno passou este nome para seus filhos, ou pela característica de ser moreno o individuo podia receber este apelido Bruno. Tal nome é antigo na Itália se espalhando por lá desde o primeiro século depois de Cristo, desta forma existem famílias Bruno em vários lugares na Itália.
Acima os brasões mais comuns da família Bruno ou Bruni  Italianas, sendo que o primeiro em azul com uma banda de ouro pertence à família Bruno de Florença.

Brasão da Família Miranda


O sobrenome português, espanhol e italiano Miranda é toponímico, ou seja, quem vinha de uma região chamada Miranda adotou este sobrenome. Há quem diga que o sobrenome surgiu na Itália paralelamente a Espanha e Portugal, a família Miranda italiana teria seu apelido derivado do latim mirandus que significa digno de admiração ou maravilhoso, outros creem que o nome surgiu nas regiões chamadas de Miranda em Portugal e na Espanha e pode ter vindo da palavra espanhola miralla que era uma torre de vigia, de Astúrias o sobrenome teria ido para a Itália.
No Norte de Portugal existe uma região chamada Terra de Miranda e tem até sua língua própria a língua mirandesa.
O brasão acima pertence à família Miranda portuguesa, em ouro, com quatro flores-de-lis verdes e com uma aspa vermelha, o timbre são cinco plumas de ouro com uma flor-de-lis verde sobre a do meio. Tal brasão foi usado pelo navegador Simão de Miranda que foi um dos capitães da frota de Pedro Álvares Cabral.

Brasão da Família Abreu


O sobrenome português Abreu é de significado incerto, sendo que alguns o associam a cidade de Évreux na França, de onde teriam vindo nobres normandos para Portugal e teriam assumido no nome Abreu como uma adaptação do nome Évreux.
Évreux vem do nome da tribo gaulesa dos Eburovices, cujo nome significaria aqueles que vencem com o teixo. O teixo era uma árvore usada na fabricação de arcos e durante a Idade Média era usado para fazer bestas, arcos e flechas. Logo Abreu significaria aquele que vence com o arco de teixo.
Abreu foi um apelido que se acredita que foi adotado por judeus durante a Idade Média, por isso há que acredita que na verdade o sobrenome tenha vindo do nome do patriarca judeu Abraão, cujo nome significa pai de muitos.
Já há que diz que o apelido Abreu tenha origem toponímica e surgiu em referência a alguma região no Minho chamada de Abreu.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Brasão da Família Fagioli (Stemma della famiglia Fagioli)

O sobrenome Fagioli surgiu na comuna italiana da Bolonha e apesar da palavra italiana fagioli significar feijões, o sobrenome é patronímico e está relacionado aos nomes medievais Fagiolo ou Fasolo que são diminutivos do nome próprio Bonifácio, desta forma, os filhos de alguém chamado Bonifácio adotaram o sobrenome Fagioli.
Bonifácio vem do latim Bonifatius que significa aquele que faz o bem, este nome era muito comum entre os italianos devido aos santos e papas chamados Bonifacius

Brasão da Família Berger

O sobrenome alemão Berger vem da palavra alemã Berg que significa montanha ou colina, logo Berger é um sobrenome toponímico indicando que quem usava esta alcunha havia vindo de uma região montanhosa. Já a família Berger francesa é de origem ocupacional e está ligada a profissão de pastor, que em francês antigo era chamado bergier, a palavra bergier vem provavelmente da palavra bergen do alto-alemão antigo que significa proteger, logo bergier seria o protetor das ovelhas.
Acima o brasão da família Berger de Erfurt na Turíngia e abaixo o brasão da família Berger de Paris, França.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Brasão da Família Cisneros e Brasão da Família Cysneiros

Cisneros é um sobrenome de origem toponímica e veio de uma região chamada Cisneros na província de Palência em Castela e Leão na Espanha, isso significa que quem usava o apelido Cisneros havia vindo desta região. O nome Cisneros provavelmente veio do latim vulgar cinisia, que significa cinza e não cisne, o sobrenome ficou associado aos cisnes por influência da palavra cisne do velho francês, vindo do latim cygnus.
Cysneiros ou Cisneiros seriam variações portuguesas do sobrenome espanhol, abaixo o brasão da família Cysneiros de Portugal e o brasão da família Cisneros da Espanha.

Brasão da Família Lentz

O sobrenome alemão Lentz e suas variações Lenz e Lentze vêm da forma abreviada do nome próprio Laurentius, que é de origem latina e está relacionado à palavra Laurus, que é o nome em latim do loureiro ou louro. Durante a Era Clássica, na Grécia e em Roma, era com os ramos dessas árvores que eram feitas coroas para os heróis e atletas vencedores, o que tornou a coroa de louro um símbolo de triunfo e vitória, a partir daí surgiu o termo laureado, que por sua vez significa: o premiado, o nome Laurentius, que significa: aquele que é coroado com louro, ou em um termo mais simples: o vitorioso.
Sobrenome Lentz é patronímico e surgiu provavelmente em Brandemburgo e na Pomerânia, território dividido hoje entre a Alemanha e a Polônia.
Acima o brasão da família da Lentz da Pomerânia, em prata com duas faixas axadrezadas em preto e vermelho intercaladas com ramos de louro em verde.

Brasão da Família Cabral, Brasão da Família Cabrales e Brasão da Família Cabrera


Os sobrenome português Cabral e os espanhóis Cabrales e Cabrera estão relacionados à palavra latina capra que significa cabra, Cabral provavelmente seria um lugar onde haviam cabras, tornado o sobrenome toponímico, ou seja, quem usava o apelido Cabral indicava que tinha vindo de um lugar onde eram criadas ou abatidas cabras.
As cabras eram animais importantes na Idade Média, além de produzir carne e leite, os pergaminhos eram feitos da pele das cabras, uma opção para o papel velino. Os sobrenomes Cabral, Cabrales e Cabrera também podem ter uma origem ocupacional indicando que quem tinha algum destes apelidos trabalhava com cabras.
Acima o brasão da família Cabral de Portugal, com duas cabras em púrpura sobre um fundo de prata. Abaixo o brasão de ouro com duas cabras negras uma sobre a outra pertence à família Cabrera da Galícia, o outro brasão pertence à família Cabrales das Astúrias, de ouro com uma videira com frutos em verde e duas cabras empinadas comendo os frutos.


domingo, 3 de maio de 2015

Brasão da Família Krüger


Krüger e suas variações Kruger ou Krueger são sobrenomes alemães de origem ocupacional, ou seja, quem exercia determinada profissão pode tê-la assumido como sobrenome. Krüger provavelmente surgiu no Norte da Alemanha e têm duas origens possíveis, uma aponta para no baixo-saxão, afirmando que Krüger significa taberneiro ou estalajadeiro, indicando que pessoas responsáveis por uma hospedaria ou taverna adotaram o apelido, outra possível origem está na palavra kruoc do alto-alemão médio que indicaria que Krüger era um fabricante ou comerciante de vidro e cerâmica, e em particular de canecas e jarras.
O sobrenome Krüger é encontrado em muitos países da Europa germânica e onde há imigrantes destes países, ao lado o brasão em preto com três jarras de prata pertence a família Krüger da Prússia.

Brasão da Família Serápio

O sobrenome espanhol Serapio e os portugueses Serápio e Serapião tem sua origem, provavelmente, nos nomes de santos homônimos, especialmente San Serapio Mártir que foi um militar que após participar das Cruzadas no Oriente, ele retornou a Europa lutando na reconquista da Espanha, onde foi crucificado pelos sarracenos. Os nascidos no dia deste santo ou seus devotos podem ter adotado sobrenome Serapio, que em português é Serapião.
Serápio ou Serapião vem do grego Σεραπίων (Serapion) de significado incerto, há quem diga que o nome está relacionado ao antigo deus helenístico-egípcio Serápis, dai o nome viria da mistura dos nomes dos deuses Osíris e Ápis.
Acima o brasão da família Serápio da Espanha, em prata com um cavaleiro prata segurando uma bandeira. 

sábado, 2 de maio de 2015

Brasão da Família Verzosa

O sobrenome Verzosa ou Berzosa, assim como sua versão portuguesa Verçosa, são de origem castelhana e não têm um significado definido. Podendo ser de origem toponímica e estar ligado a lugares chamados de Berzosa na Espanha, o apelido Verzosa indicaria que a pessoa vinha ou estaria relacionada a Berzosa.
Quanto ao significado Berzosa, existem várias ideias para sua origem, podendo estar relacionado à palavra latina viridis, indicando que Berzosa era um lugar verde e quem tinha o apelido Verzosa viria de um lugar assim, outra versão alega que o nome estaria ligado a plantas como a berza ou o brezo indicando que no lugar havia alguma destas plantas.
Acima o brasão da família Verzosa e da família Berzosa  de Castela, em vermelho com um castelo de prata sobre uma ponte de seis arcos e com uma bordadura de prata com oito aspas vermelhas.