O sobrenome Coutinho vem da palavra
couto que na Idade Média era como chamavam as regiões imunes aos impostos e a
justiça real, os coutos eram concedidos pelo Rei em gratidão a um serviço
prestado por um nobre, tais locais seriam usados como refúgio e asilo para criminosos,
uma vez que a justiça não podia os alcançar, exceto nos casos de traição.
O sobrenome Coutinho surgiu na referência
ao couto de Leomil, no qual os primeiros Coutinhos foram senhores. Teriam D.
Garcia Rodrigues da Fonseca (também chamado de Garcia Roiz) junto com seu irmão
D. Paio Rodrigues (D. Paião Roiz) ajudado o conde D. Henrique da Borgonha na
luta contra os mouros, pelos seus serviços D. Garcia Rodrigues da Fonseca
recebeu a honra de Fonseca e o couto de Leomil, que passaria para seu filho D.
Egas Garcia da Fonseca, os filhos deste adotariam o apelido Coutinho, por causa
da pequena extensão do couto de Leomil.
Muitos nobres portugueses descendiam
dos senhores de Leomil, dentre estes se pode destacar o lendário D. Álvaro
Gonçalves Coutinho, chamado de o Magriço, cujas aventuras são narradas pelo
grande poeta Luís Vaz de Camões. D. Álvaro Gonçalves Coutinho foi um dos Doze
de Inglaterra, cavaleiros andantes portugueses que teriam ido a Inglaterra
defender a honra de doze donzelas inglesas, segundo a lenda, D. Álvaro
Gonçalves Coutinho desembarcou na Grã-Bretanha e seguiu a cavalo até o duelo, para
conhecer os costumes e as manhas dos cavaleiros daquelas terras, enquanto seus
companheiros seguiram de barco até seu destino, porém ao chegarem lá, D. Álvaro
ainda não havia chegado, mas no ultimo instante ele apareceu e venceu os cavaleiros
ingleses que haviam ido contra a honra das doze damas.
No Brasil destaca-se Vasco Fernandes
Coutinho que recebeu do rei D. João III a Capitania do Espírito Santo pelos
serviços prestados ao reino em campanhas na África e na Índia. O premio lhe
serviria de castigo uma vez que a conquista das terras capixabas se mostrou
muito difícil. Mais tarde Francisco de Aguiar Coutinho venceria os holandeses
que eram comandados pelo grande almirante Pieter Pieterszoon Heyn.
O ultimo donatário da família Coutinho
foi Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho que passaria a Capitania do
Espírito Santo (que por quase um século e meio pertenceu a família) ao fidalgo
baiano Francisco Gil de Araújo em 1674.
Fradique Coutinho neto de Vasco Fernandes
Coutinho foi um bandeirante que ajudou na expansão das fronteiras brasileiras,
participando da conquista de Guaíra no Paraná. Descenderia de Vasco Fernandes
Coutinho a família Azeredo Coutinho e estaria associada a ele a família Câmara
Coutinho, grandes senhores de terra do Brasil colonial.
Acima o brasão dos Coutinho de
Portugal, de ouro com cinco estrelas de cinco raios em vermelho, ao lado o
brasão do capitão Manuel de Azeredo Coutinho Messeder. Pertenceu a família Azeredo
Coutinho o barão Sebastião da Cunha de Azeredo Coutinho, primeiro e único barão
de Azeredo Coutinho nos tempos do Império do Brasil.